A cada dia lemos notícias ruins envolvendo crianças e adolescentes. Balneário e Camboriú já chegam a 50 casos de abuso sexual contra eles só em 2014. Os abusos aumentam e a punição diminui. Os casos em que o autor desse crime é punido são minoria. Antes ele estava dentro de casa ou muito próximo, eram pais, irmãos, tios, amigos da família. Hoje o percentual de estranhos está aumentando. E isso não pode ser tratado como algo comum ou normal. Porque não é.
Continua depois da publicidade
A ONU estima que até 2020, seis de cada 10 mulheres vão sofrer algum tipo de violência sexual. E nós vamos ficar parados esperando isso se cumprir? Que políticas públicas eficientes os governos oferecem às vítimas? Que campanhas de prevenção estão sendo realizadas para mudar essa realidade?
Não adianta falar no assunto apenas na data nacional instituída para o assunto ser discutido. Ele não tem que ser discutido, tem que ser resolvido. Pois enquanto se fala não se age. A vítima de crime sexual, se não for bem tratada psicologicamente, vai levar que vida? Sem contar as inúmeras doenças a que fica exposta durante um abuso. A internet se tornou a porta aberta que facilita o agir do pedófilo.
Na última semana vimos que mais de 40 adolescentes foram flagrados com bebidas alcoólicas em uma boate de strip-tease comemorando o aniversário de um deles. De quem é a responsabilidade? Filhos precisam de limite, não de privacidade. Quem não age de modo errado não tem o que esconder.
Os pais precisam estar mais presentes na vida dos filhos. A escola ensina, mas a educação é responsabilidade dos pais. E vejo que muitas vezes os pais terceirizam essa educação para a escola. Depois que acontecer o pior não adianta se lamentar. Pais, olhem para seus filhos, conversem, participem, dêem limites, tirem mais tempo para eles. Não há nada que compense essa falta.
Continua depois da publicidade
Nós do Sechobar vamos ajudar vocês. Estamos começando uma campanha de prevenção à pedofilia com foco nos pais. Vamos orientar, dar dicas e mostrar as atitudes que devem ser tomadas quando um pai ou uma mãe desconfiarem que algo de errado está acontecendo com seu filho. Os filhos entendem mais de tecnologia, os pais sabem mais da vida.