No segundo dia de uma grande ofensiva da força aérea israelense na Faixa de Gaza, três civis israelenses e 13 palestinos haviam morrido até ontem. E o mundo trancava a respiração temendo a repetição dos confrontos de 2008, quando mais de mil pessoas morreram.
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Os israelenses bombardearam 200 alvos em Gaza e mais de 180 foguetes foram lançados contra Israel – dois deles atingiram as proximidades de Tel-Aviv.
As três vítimas do primeiro ataque da aviação israelense em Khan Yunis (sul do território palestino) pertenciam às Brigadas Ezzedin Al-Qasam, braço armado do Hamas no poder em Gaza, segundo um comunicado da organização. Outras duas pessoas morreram pouco depois em um segundo ataque aéreo israelense.
Desde o início da operação militar Pilar de Defesa, que começou na quarta-feira com o assassinato do chefe militar do Hamas Ahmed al-Jaabari, morreram, entre as 13 vítimas palestinas, três crianças (um bebê). O professor escolar da ONU Marwan Abu El Qumsan, que estava em um carro perto do local de um ataque aéreo, é uma das vítimas.
O funeral de Al-Jaabari ocorreu na manhã de ontem e juntou centenas de pessoas, entre as quais dezenas de combatentes do Hamas. Durante o dia, foguetes foram disparados incessantemente no sul de Israel, em particular nas cidades de Ashod, Ashkelon, Gan Yavné, Kiryat Gat e Bersheeva.
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Hackers atacam sites israelenses estratégicos
As aulas nas escolas foram suspensas em todas as localidades do sul de Israel que se encontram em um raio de 40 quilômetros da Faixa de Gaza. Os serviços israelenses de defesa convocaram a população a se manter perto dos abrigos e evitar qualquer reunião. O exército israelense disparou, segundo nota oficial, “uma centena de foguetes de médio e longo alcance”, o que teria provocado danos na capacidade do Hamas de disparar projéteis.
As Brigadas Al-Qassam reivindicaram o disparo de pelo menos cem foguetes contra Israel, tendo como alvo, sobretudo, Tel-Aviv. O exército israelense desmentiu, durante todo o dia, que a cidade tenha sido atingida.
A polícia indicou que centenas de seus funcionários foram mobilizados “em todos os setores sensíveis do território israelense” para evitar atentados. O ministro israelense da Educação, Guideón Saar, próximo ao primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, indicou à rádio pública israelense que “não havia sido tomada nenhuma decisão quanto a lançar uma operação terrestre contra a Faixa de Gaza”. Segundo Saar, “não se exclui tal operação, e o exército está pronto”.
Já o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, aprovou a convocação de até 30 mil reservistas, que poderão ser mobilizados a qualquer momento. Como resultado do confronto, houve um ataque coordenado de hackers para sabotar sites estratégicos israelenses. Foram atingidos órgãos do governo, bancos, companhias aéreas e empresas de segurança.
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