Construções sustentáveis são cada vez mais frequentes no mercado imobiliário de Santa Catarina. Nessa linha, tijolos ecológicos passaram a ser usados na construção para diminuir os impactos ao meio ambiente e dar um toque diferenciado à casa.

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A Favaretto Ecoconstrutora, de Florianópolis, trabalha com o material em suas obras desde 2005, mas apenas agora o produto começou a ser requisitado pelos consumidores.

– Tivemos que quebrar a resistência dos clientes – diz Daniel da Silva, sócio-administrativo da construtora.

O trabalho deu certo e a empresa registrou crescimento de 150% na demanda pelo material em oito anos de atuação. A procura é impulsionada pela estética do produto e pela sustentabilidade. Usado como parte da decoração, o tijolo é mais ecológico porque dispensa a queima na fabricação. Além disso, os tijolos resultam em economia de materiais como madeira, ferro e concreto, pois não necessitam de reboco e colunas.

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– A economia é de cerca de 30% nos materiais comuns da construção. Também proporciona um ambiente térmico e acústico – explica Silva.

Sistemas hidráulico e elétrico passam por dentro do tijolo

De acordo com ele, mesmo com o preço mais elevado do tijolo ecológico se comparado ao tradicional e a necessidade de contratar profissionais especializados para a sua produção, o custo de uma obra com o material é em torno de 20% mais barato. Outra vantagem é que o material possui pequenos encaixes e furos centralizados, os quais permitem que os sistemas hidráulico e elétrico sejam embutidos, evitando eventuais quebras.

Ricardo Soares Fernandes, chefe de produção da Duraeco, empresa fabricante de tijolos ecológicos em Curitiba (PR), conta que iniciou a produção do material há três anos e que, neste período, a demanda cresceu significativamente. Ele aponta que o material ecológico torna a obra mais rápida e limpa, além de dispensar a utilização de argamassa e outros produtos.

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A Ecologic Construções, de Florianópolis, é outra empresa que trabalha com tijolos ecológicos. Desde 2012, quando foi fundada, a demanda por obras com esse tipo de material cresceu 40%. Conforme Priscila Folster, engenheira civil da empresa, a ideia é torná-lo ainda mais sustentável.

– Estamos estudando a possibilidade de substituir a areia por restos de conchas e outros materiais – explica.

>>> Como é feito o tijolo

Utiliza-se 80% de terra e 20% de cimento na mistura

Ela é submetida à prensagem e são formados tijolos regulares de faces lisas

Depois de 12 horas, o material é molhado em um tanque

Os tijolos ficam 15 dias sob uma manta térmica e depois estão prontos para a construção

Os ecológicos apresentam resistência e durabilidade e podem ser aplicados aos mais diversos usos sem haver a necessidade de corte de material

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Fonte: Duraeco

>>> Preços do milheiro

O tijolo ecológico custa em média R$ 800

O comum de oito furos sai em torno de R$ 400

O tijo à vista custa em média R$ 800