Cresce procura por presentes de Natal no comércio em Joinville

Os joinvilenses começaram a semana saindo de casa em busca de presentes de Natal para a família e os amigos. A uma semana das comemorações natalinas, o movimento foi intenso durante a manhã desta segunda-feira no comércio e nas ruas da região central. A expectativa dos comerciantes é de que a procura seja ainda maior durante os próximos dias.

Para atender à demanda, o comércio de rua e os shoppings ampliaram o horário de atendimento e nesta semana ficarão abertos de segunda a sexta-feira, das 9 às 22 horas. No sábado, será das 9 às 21 horas, e no domingo, das 10 às 20 horas. Já na véspera do Natal, os comerciantes vão abrir até às 14 horas.

A assistente comercial Fernanda Soares Pires, 26 anos, não quis deixar para a última hora e aproveitou a folga na manhã desta segunda-feira para começar as compras. Foi para o Centro com a lista de presentes, mas mesmo assim precisou circular pelas lojas e encontrar os melhores preços.

— Preciso comprar presentes para cinco ou seis pessoas até o fim de semana, mas quero gastar R$ 200 com tudo, no máximo — conta.

A previsão de gastos de Fernanda está abaixo do previsto pela pesquisa de intenção de compras da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio). Segundo o estudo, a expectativa de gasto médio dos consumidores de Joinville é de R$ 310,09.

Valor dos presentes oscila entre consumidores

Muitos consumidores querem economizar neste fim de ano. A dona de casa Marisa Klingefuss, 55 anos, está entre elas e pretende gastar apenas R$ 50 por presente. Segundo ela, os únicos que vão ganhar lembranças de Natal são os dois netos.

— A gente até fez amigo secreto com os adultos para economizar. Eu vim fazer as compras no início do mês e pesquisei para encontrar presentes mais baratos — explica.

Por outro lado, há também os consumidores que esperam gastar mais do que a média apontada pela pesquisa da Fecomércio. A professora aposentada Rosegel Bello, 69 anos, já fez compras para o Natal e precisou encontrar presentes para as netas que fazem aniversário no dia 20. Segundo ela, foram gastos quase R$ 1 mil nas primeiras compras e mais R$ 600 nesta segunda-feira.

— Estou comprando presente para seis pessoas, mas tem bastante coisa boa para as minhas netas. Procurei pelo mais barato, senão seria mais gasto.

Expectativa é de 10% de aumento nas compras

A expectativa da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) e do Sindicato do Comércio Varejista de Joinville e Região (Sindilojas) é de um crescimento de 10% nas vendas de Natal em relação ao ano passado. As duas entidades identificaram um aumento no movimento das lojas nas últimas semanas e esperam que continue a crescer durante esta semana.

Segundo o vice-presidente da CDL, Darlan Fermiano Candido, os associados da entidade estão bem otimistas porque já perceberam uma melhora nas vendas ao longo do segundo semestre deste ano. Um exemplo foi o bom volume de compras dos joinvilenses no Dia das Crianças.

— Este ano já está se mostrando bem melhor do que em 2017, mas ainda não recuperamos o patamar de quatro a cinco anos atrás — afirma.

Diante desse cenário, Darlan garante que o comércio se preparou para o Natal com promoções e estoque garantido nas lojas. O presidente do Sindilojas, Raulino Esbiteskoski, também diz que estão sendo oferecidos descontos, brindes e outras maneiras criativas de chamar a atenção do consumidor.

— O que estamos vendo é que o lojista está oferecendo descontos e o cliente está pagando a vista — conta.

Para Darlan, isso mostra uma reeducação para o consumo consciente da população, que estava acostumada ao uso de cartão de crédito. Segundo ele, a venda em dinheiro e débito está em crescimento, enquanto o uso do crédito vem caindo.

Dicas do Procon para as compras no Natal:

Lojas físicas:

– Evitar compras por impulso

– Verificar a garantia dos produtos

– Se a loja aceitar trocas, pegar declaração por escrito

Internet:

– Verificar o prazo de entrega para garantir que chegue antes do Natal

– Checar o valor do frete para não cair na armadilha do preço da entrega ser maior do que o do produto

– Há sete dias para ser efetuado o arrependimento da compra. Nesse caso, é necessário comunicar o fornecedor. Em compras feitas em estabelecimentos comerciais esse direito não existe

– Se o consumidor perceber algum problema, notificar formalmente o fornecedor por e-mail ou correspondência