O analista de gestão Bruno Bolzan e a professora Renata Minozzo não são fãs de praia. Na hora de escolher o destino para relaxar nas férias, optaram pelo Norte catarinense. No final de janeiro, o casal saiu de Nova Prata (RS) para passar uma semana em Joinville. Local considerado estratégico para se hospedar e conhecer os atrativos da região.

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No roteiro do casal estavam a Serra Dona Francisca, a cidade de São Francisco do Sul e, claro, a própria Joinville, onde fizeram questão de visitar o Museu Nacional de Imigração e Colonização.

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O museu recebeu mais de 3 mil visitantes no mês de janeiro e o perfil predominante é o de turistas brasileiros, explica a coordenadora Iara Coninck. Ao lado do pórtico, a agência Cia. de Turismo já recebeu até 100 pessoas por dia em janeiro. São turistas de classe média e que buscam opções mais baratas de alimentação, passeio e hospedagem, explica a consultora Conceição Junkes.

A alguns quilômetros dali, quase 800 turistas passaram pela propriedade do produtor rural Ango Kersten, na Estrada Bonita, no último final de semana de janeiro. Mas em matéria de entretenimento, ninguém faz mais sucesso do que o Barco Príncipe de Joinville, que passa pela baía da Babitonga e tem parada em São Francisco do Sul.

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Neste ano, a embarcação transportou 6 mil passageiros, 10% a mais do que em janeiro de 2015. Os visitantes chegam em excursões e de automóveis vindos, principalmente, do Paraná, Rio Grande do Sul e de São Paulo e aproveitam para circular por Joinville também.

Nos últimos quatro anos, o barco costuma lotar nos meses de janeiro, fevereiro e março, explicam os organizadores, que são procurados por agências de turismo de vários lugares do Brasil.

A vontade de conhecer a área rural, os passeios no Barco Príncipe de Joinville e as visitas aos museus em plena temporada de verão refletem um conjunto de fatores que ajudaram a colocar Joinville no mapa do turismo.

Um deles vem de longa data. É o trabalho da Santa Catarina Turismo (Santur) de promover dez regiões de Santa Catrina para o trade turístico nacional. A região Norte está entre elas. A divulgação é reforçada pelas ações da Fundação Turística e do Convention Bureau de Joinville em eventos nacionais.

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Não há dados oficiais sobre o crescimento do número de turistas nos últimos anos, mas a presença deles é perceptível nas ruas da cidade.

– Turismo não se faz de um dia para o outro, foi um trabalho iniciado em 2003, de divulgar o Caminho dos Príncipes – conta o presidente da Santur, Valdir Walendowsky.

Grande rede hoteleira é um dos principais atrativos

A divulgação crescente tem um aliado importante, o desenvolvimento da infraestrutura da cidade. Um dos principais atrativos é a rede hoteleira, com 55 hotéis, pousadas e apart-hotéis, totalizando 6.358 leitos, segundo dados do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Joinville e Região.

Muitos turistas descansam em Joinville antes de seguir viagem por Santa Catarina ou aproveitam a disponibilidade de leitos em épocas mais concorridas nos balneários.

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Entre o Natal e Ano-Novo, por exemplo, alguns hotéis de Joinville chegaram a ficar lotados. A procura por hospedagem mais barata em tempos de crise também deu um empurrãozinho para o bom movimento no período de festas.

A rede hoteleira de Joinville ainda se beneficia da procura pelo passeio ao parque temático Beto Carrero World, no balneário de Penha. Em pesquisa com o público feita pelo próprio Beto Carrero, hotéis de Joinville apareceram na lista de hospedagem, de acordo com Valdir Walendowsky.

Isto acontece, segundo ele, porque a rede hoteleira próxima ao Beto Carrero não é suficiente para dar conta da grande procura e muitos chegam ao Estado pelo Aeroporto de Joinville. Em 2015, passaram pelo parque temático 2 milhões de pessoas.

– Não é estranho que o movimento aumente. Joinville tem uma boa rede hoteleira, atrativos e sabe mostrar sua marca – explica o presidente da Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Santa Catarina, Estanislau Brezolin.

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Para o presidente da Fundação Turística de Joinville, Raulino Esbiteskoski, a infraestrutura, tarifas competitivas e a localização estratégica são determinantes para que os visitantes optem por se instalar em Joinville.