Você entra em um ônibus, paga a passagem e, mais tarde, após sair do transporte coletivo, descobre que teve algum pertence furtado. Um crime sem violência, mas que causa grandes prejuízos aos desatentos. Registrar um boletim de ocorrência (BO) na delegacia mais próxima é fundamental.
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Mas, chegar aos suspeitos, é uma tarefa difícil para a polícia, já que a vítima não tem nem ideia de quem praticou o crime. A melhor alternativa nestes casos é evitar o furto.
Só no primeiro semestre deste ano foram registrados 105 casos em Joinville, número quase igual ao total de 2013, que teve 116 casos. De 2012 para 2013, o salto foi de 274%, – a polícia registrou 31 ocorrências naquele ano.
O investigador Sandro Flores, da 4a Delegacia de Polícia, no bairro Aventureiro, em Joinville, local onde foram registrados pelo menos cinco casos de furto em ônibus em uma semana no último mês, colabora com algumas dicas, principalmente para as mulheres.
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Roubo é menos comum
Segundo ele, o importante é colocar a bolsa para frente e observar se as pessoas estão se balançando de forma exagerada dentro do veículo. Além disso, as mulheres não devem carregar documentos desnecessários, levar o mínimo de dinheiro possível na bolsa e não deixar anotações de senhas junto com os cartões de agências bancárias.
Nas situações de furto, a vítima não se dá conta que teve o pertence levado. No roubo, a abordagem é diferente e ocorre com violência, sendo mais difícil de se prever. A incidência de roubo também é pequena em Joinville. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, foram registrados apenas nove casos em ônibus no primeiro semestre deste ano.
BO ajuda a identificar autores
O investigador explica que esse tipo de crime é sazonal. Na última leva de ocorrências, há cerca de quatro meses, as polícias Civil e Militar atuaram dentro das linhas de ônibus com maior incidência do crime e conseguiram identificar os infratores.
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– Houve uma boa repercussão e baixou bastante esse tipo de ocorrência. Agora começou de novo – diz.
Apesar da dificuldade em identificar os ladrões, o investigador ressalta a importância de se fazer o registro da ocorrência, pois, desta forma, a polícia tem melhores condições de mapear as linhas de ônibus e atuar onde os crimes são mais frequentes.
Uma mulher de 57 anos, que trabalha como zeladora, teve a carteira furtada em julho. O furto aconteceu em uma linha que saiu do bairro Saguaçu para o Centro.
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Ela lembra que pegou o ônibus lotado e que a bolsa dela foi derrubada no chão em um determinado momento por causa do tumulto. Porém, a mulher só se deu conta do furto quando precisou da carteira para sacar dinheiro em um caixa eletrônico.
– Agora eu procuro andar com mais cuidado. A gente fica com medo depois de uma coisa dessas, né?
Além de perder todos os documentos, a zeladora teve um prejuízo de R$ 1,3 mil, pois os ladrões conseguiram sacar dinheiro da conta.
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