A informação tem sido a melhor aliada da Delegacia de Polícia da Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami) de Jaraguá do Sul. Desde que foi criada, em setembro de 2010, 6.643 boletins de ocorrência foram registrados. Neste ano, o órgão de proteção registrou um aumento de 7% nos registros de atendimento em relação ao ano passado. A delegada responsável Milena de Fátima da Rosa acredita que, aos poucos, a população está conhecendo o serviço disponível e está procurando mais o espaço em busca de proteção.

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Atualmente, 83% dos casos registrados na Dpcami são de violência contra a mulher. Em primeiro lugar, está ameaçada contra a mulher, com 48%. Depois, vem a violência física com 23%, crimes contra a honra com 21% e outras denúncias totaliza 8%. No ano passado, este tipo de denúncia representava 77% dos casos.

– Os casos registrados de violência contra a mulher aumentaram. Mas isso não significa que a violência tenha aumentado, mas, sim, que as pessoas começaram a denunciar mais – destaca.

Denúncias de violência contra crianças e adolescentes também cresceram 24,2% em relação ao mesmo período em 2014. Neste ano foram 82 boletins de ocorrência e, em 2014, foram 66.

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– Desde a abertura da delegacia, os casos contra as crianças e os adolescentes são, na sua maioria, de lesão corporal e maus-tratos. Encaminhamos as denúncias para o Conselho Tutelar, que dá o suporte psicológico e outras ações envolvendo a família da criança – explica.

Outro dado que chama atenção é o de abuso sexual. Neste ano foram registrados 44 casos, o que apresentou um crescimento de 32% em comparação com 2014. Segundo Milena, os familiares têm prestado mais atenção nos seus filhos e buscando seus direitos.

– Tanto as mães ou as mulheres que procuram a delegacia sabem dos direitos. Um exemplo é a medida protetivas. Quando elas denunciam seus parceiros, já pedem a medida porque entendem a sua importância.

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Nos últimos quatro anos, o número de medidas protetivas aumentou mais de 600%. Em 2012, 23 mulheres solicitaram a medida e neste ano foram 166 pedidos. Segundo Milena, antigamente, era necessários explicar todos os direitos e as ações, mas, hoje, as mulheres sabem da existência de algumas medidas e solicitam assim que pedem.