O ano mal começou e os lojistas de Jaraguá do Sul já comemoram a venda de material escolar. Os comerciantes afirmam que os pais se adiantaram nas compras e a tendência é que, diferente dos outros anos, a procura não fique para a última hora.

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Numa livraria da cidade, o movimento começou a ficar maior na segunda-feira, mas a subgerente Girliane Pereira afirma que muitos já garantiram os itens escolares em dezembro.

– Encomendamos os livros didáticos antes e no final de outubro já tínhamos recebido uma boa parte – comenta.

Girliane comenta que alguns materiais, como cadernos e canetas, sofreram reajuste de, em média, 10%. Como estratégia, a loja ampliou o mix de produtos, com o objetivo de oferecer marcas e preços variados.

– Temos cadernos que vão de R$ 2 a R$ 50, tudo depende do tipo e da marca que se está procurando – destaca.

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Responsável por uma loja de R$ 1,99 do Centro de Jaraguá, Maristela Sietz afirma que a venda de materiais escolares em dezembro superou as expectativas. Ela acredita que os pais deram prioridade ao material dos filhos e vão pagar os outros impostos, como IPTU e IPVA, com o restante do 13º salário.

– Os pais estão percebendo que, se deixar para comprar na véspera da volta às aulas, não vão achar as opções que desejam – avalia.

A copeira Lourdes Venera de Souza, 49 anos, e a filha Luana Venera de Souza, 14, costumam fazer pesquisa e procurar o material da menina com antecedência. Ontem elas compraram uma mochila e nos próximos dias vão atrás de cadernos e outros itens exigidos pela escola.

A volta às aulas é em 10 de fevereiro na rede municipal e no dia 13 de fevereiro nas escolas estaduais.

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Atenção à lista da escola

O diretor do Procon de Jaraguá do Sul, Luís Fernando Almeida, diz que a prática de pesquisar adotada por Lourdes e a filha Luana é o que todo o consumidor deveria fazer antes de ir às compras. Além da avaliação de preços, na hora de escolher também é importante considerar a qualidade do produto, e não a marca.

– Muitas vezes paga-se apenas a marca, e não o produto em si – destaca.

Almeida também orienta os pais a ficarem atentos à nova legislação publicada em novembro pela presidente Dilma Rousseff. A lei proíbe a exigência dos itens de uso coletivo, como materiais de escritório ou de limpeza. Segundo a norma, a exigência é abusiva e os produtos devem ser de responsabilidade das escolas.

Está vetada a exigência de itens como papel ofício em grandes quantidades, papel higiênico, álcool, flanela e outros produtos administrativos, de consumo, limpeza e higiene pessoal. Estão incluídas nesta lista fita adesivas, cartolina, estêncil, grampeador e grampos, papel para impressora, talheres e copos descartáveis e esponja para louça, entre outros itens que não sejam utilizados exclusivamente pelo aluno. Caso constem na lista, as escolas serão autuadas e multadas.

No fim do mês, o órgão deve publicar no site da Prefeitura (www.jaraguadosul.com.br) uma pesquisa sobre o preço do material escolar nos estabelecimentos da cidade.

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