Quando morre o mascote, além da família ter de enfrentar a tristeza, ainda surge a dúvida: o que fazer com o bichinho?
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Existe uma lei municipal, em Florianópolis, que coloca essa responsabilidade ao dono. Não há cemitério de animais no Estado, e enterrar no quintal pode contaminar o solo e até espalhar doenças.
O problema é ainda maior para quem mora em apartamento. Paulo Pedro de Souza passou por essa situação quando o cachorro da família morreu. Sem saber o que faria, conseguiu a ajuda do cunhado, que disponibilizou o sítio para o enterro.
Qual o local apropriado
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– É o tipo de coisa que muita gente precisa e não existe – disse Paulo.
Depois do episódio, ele abriu um negócio para recolher animais mortos e dar um destino certo. Na prática, é uma funerária para animais, a Funecão.
Depois de recolher na casa do dono, os bichos vão para um aterro sanitário em Biguaçu, onde são enterrados em covas preparadas para evitar a contaminação do solo.
Em casos de animais que sofreram eutanásia, as próprias clínicas veterinárias indicam a melhor destinação.
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Cremar é uma opção
O único crematório de animais de Santa Catarina, Caminho dos Bichos, fica em Balneário Camboriú, mas atua também na Grande Florianópolis.
O serviço dura 48 horas e o dono recebe uma urna com as cinzas do animal e um certificado. Também é possível fazer uma lápide virtual, que fica exposta no site da empresa.
A única restrição é o peso. Raças de cachorro como São Bernardo e Mastin Napolitano geralmente não podem ser cremadas, uma vez que possuem peso acima de 45 kg, limite máximo para o serviço. Neste caso, a solução é enterrar ou contratar serviços especializados de recolhimento de animais.
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No quintal pode, mas…
A médica veterinária do Centro de Zoonoses de Florianópolis Amanda de Azevedo Marques explica que é necessário um embrulho para o animal e uma profundidade adequada para o enterro.
Sacos plásticos não são recomendáveis, pois podem inchar com os gases produzidos pela decomposição. O ideal é que sejam enterrados em caixas de papelão ou madeira.
Se o animal morreu com alguma doença contagiosa, como toxoplasmose ou leptospirose, a orientação de Amanda é cremá-lo.
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Assim como os humanos, os animais também incham após morrer e é necessário colocá-los a um metro e meio de profundidade para que a terra não se mova com o inchaço, deixando o cadáver exposto. Situação que nenhuma família gostaria de passar.
Para quem quer ou pode investir na despedida:
Funecão: O preço varia de acordo com peso e localidade do animal. Fica entre R$ 50 e R$ 150.
Crematório Caminho dos Animais: até 24 kg, o preço é de R$ 370. Acima disso, até 45kg, custa R$ 470.
Se você for enterrar o animal:
Não coloque em sacos plásticos ou materiais impermeáveis.
Deixe longe de poços e lençol freático.
Enterrar em uma profundidade maior que 1,5m.
Animais que morrem nas ruas:
A Comcap recolhe apenas animais que morreram em vias públicas.
Ligue para (48) 3271-6800.
Dúvidas:
O Centro de Zoonoses tem mais orientações sobre o que fazer com o animal de estimação que morreu. Telefone: (48) 3338-9004.