A necessidade de acesso ao crédito é a principal “dor” do setor de tecnologia, um dos mais importantes de Santa Catarina. A conclusão, ainda baseada em dados preliminares, é de uma pesquisa conduzida pela Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), obtida com exclusividade pelo “Tech SC”.

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Segundo o presidente da associação, Daniel Leipnitz, a sondagem vai ajudar a traçar um panorama da real situação de cada empresa. “Algumas enfrentam mais dificuldades conforme o segmento que atuavam, como as de turismo, enquanto outras estão conseguindo crescer na crise por terem soluções que auxiliam no trabalho remoto, por exemplo, além das empresas que atuam diretamente em soluções para combate e prevenção ao coronavírus”, diz.

E o crédito, de fato, é a principal questão em meio à pandemia causada pelo novo coronavírus. Por ora, 46% das empresas relataram que esse é o principal ponto de atenção. E os maiores impactos em termos de resultados foram em novos contratos e aquisição de clientes. Já nas atividades das empresas, os maiores impactos mapeados são nas vendas e no financeiro.

Ainda segundo os dados divulgados pela Acate, a maior parte das empresas associadas adotou o trabalho remoto, aderiu a plataformas colaborativas, permitiu o uso de equipamentos corporativos e passou a liberar horários flexíveis de trabalho. E Leipnitz ressalta um dado curioso e importante: a maior parte das empresas pretende manter o home office após a normalização da situação.

O presidente da associação ainda não tem números sobre quebras ou demissões em empresas. “Na plataforma Acate Reconecta, iniciativa que tem o objetivo de conectar os profissionais que foram desligados recentemente com as empresas que estão com vagas abertas, foram cadastrados 2.363 currículos em três semanas”, diz o dirigente.

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Leipnitz também revela que a entidade está mapeando o interesse das empresas em adquirir testes para detecção da Covid-19 nos seus colaboradores – em parceria entre a Vertical Saúde da Acate, a empresa associada Biomehub e o Sesi-SC.

O dado positivo da pesquisa é que, apesar da crise, os respondentes estão otimistas: 39,7% afirmaram que têm perspectivas de novos investimentos em inovação e tecnologias nos próximos seis meses.