O município de Araranguá, no Sul Catarinense, foi acionado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) para impedir creches e pré-escolas privadas de cobrarem materiais escolares de alunos conveniados. A prática é irregular, já que os locais conveniados recebem verba da prefeitura justamente para atenderem, sem cobrança alguma, os estudantes que não conseguiram ser acolhidos em unidades públicas.

Continua depois da publicidade

Receba notícias do DC via Telegram

Algumas creches chegavam a exigir mensalmente o que tratavam como “doação espontânea” dos pais das crianças para que cedessem o material escolar em troca. O caso chegou à Comissão de Educação Infantil do município por meio de denúncias em 2019 e, posteriormente, mobilizou uma recomendação do MPSC à prefeitura para que ela coibisse a prática, o que, em caso de negativa, despertaria medidas judiciais.

O poder público local adotou então todas as providências exigidas, segundo comunicou o MPSC. A Secretaria de Educação no município reforçou às creches conveniadas que eventuais cobranças de alunos da educação pública são irregulares; requereu que as unidades informem, por meio de cartazes fixos, que é desnecessário o fornecimento de materiais por alunos conveniados; se comprometeu a formalizar expressamente isso em futuros contratos; e comunicou que informará uma comissão de monitoramento e avaliação dos convênios firmados com as creches sobre o veto às cobranças.

Leia mais

Pandemia reduz aprendizado em toda a educação básica, aponta avaliação federal

Continua depois da publicidade

Duas escolas de Joinville lideram ranking de SC no Ideb 2021