Como forma de homenagear a professora Alessandra Abdalla, de 45 anos, morta a tiros pelo ex-companheiro, a Prefeitura de Florianópolis irá decretar a mudança no nome da creche onde ela trabalhava no bairro Tapera. A partir de agora, a unidade escolar passará a se chamar Núcleo de Educação Infantil Municipal Professora Alessandra Abdalla.
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Segundo o município, o objetivo é honrar a memória da professora e de tantas outras mulheres que perderam a vida “devido ao machismo e à violência doméstica”. Alessandra chegava para trabalhar quando foi assassinada nesta quinta-feira (24), a poucos metros da creche.
Conforme a Prefeitura, ela atuava como professora auxiliar na unidade e era efetiva da rede municipal de ensino desde fevereiro de 2014.
O crime ocorreu por volta das 7h30min no bairro Tapera, em Florianópolis. A mulher chegava para trabalhar quando foi surpreendida pelo homem. Depois de uma discussão, o suspeito disparou contra Alessandra, que não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
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Comoção marca velório de professora
O sepultamento de Alessandra ocorreu na manhã desta sexta-feira (25) no Cemitério do Itacorubi, em Florianópolis. A despedida foi acompanhada por dezenas de familiares, amigos, colegas de trabalho e até pelo prefeito de Florianópolis, Topazio Neto.
Um corredor formado por coroas de flores tinha frases homenageando a professora vindas de diversos grupos, como o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem).
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O ex-companheiro de Alessandra e suspeito pelo crime foi preso na noite de quinta-feira (24). Ele, que é policial militar, se entregou à equipe acompanhado de familiares e a advogada de defesa. Também foi apreendida a arma do homem, que teria sido usada no crime.
A professora tinha uma medida protetiva contra o homem. Ela foi solicitada em 15 de novembro, após a vítima ser sequestrada e ameaçada de morte pelo ex-companheiro. A Polícia Civil, inclusive, investigava os motivos que levaram ao pedido do documento.
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O suspeito atuava no 4° BPM em Florianópolis. Ele já tinha respondido um processo disciplinar por conta de uma conduta agressiva durante uma ocorrência e, por isso, atualmente trabalhava em funções administrativas.
Sobre a medida protetiva e a suspeita de sequestro, a PM alegou que não tinha conhecimento da situação.
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