Enquanto centros de educação em cidades como Taió e Brusque já chegaram a suspender aulas por conta de uma suspeita de surto de impetigo – doença bacteriana que atinge a pele e é transmitida facilmente através do contato -, uma creche em Blumenau precisou afastar pelo menos 10 alunos nesta semana. A informação foi confirmada pela Vigilância Epidemiológica, que identificou crianças do Centro de Educação Infantil (CEI) Frei Odorico Durieux, na Itoupavazinha, que apresentaram os sintomas da doença.
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– As crianças foram afastadas por conta da fácil transmissão através do contato, mas ainda não foi confirmado o impetigo – explica a diretora da Vigilância, Ivonete dos Santos. De acordo com ela, a secretaria da creche foi orientada a fazer uma higienização total dos brinquedos e utensílios.
Ao longo da semana, várias escolas do Estado registraram casos de lesões de pele do mesmo tipo. Após investigações iniciais sobre a forma de propagação e avaliação clínica dos casos, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive) levanta a hipótese de surtos de catapora em Santa Catarina. Segundo a Dive, foram registradas ocorrências em pelo menos 16 crianças de uma mesma escola em Imaruí, além de casos em Itaiópolis e Palhoça e nas cidades do Vale do Itajaí.
Na quinta-feira a Dive emitiu um alerta afirmando que as informações sobre a forma de propagação e avaliação clínica dos casos “sugerem a hipótese do evento se tratar de uma doença de transmissão respiratória e/ou contato. Neste contexto, as hipóteses diagnósticas iniciais têm convergido não para um surto de impetigo, mas sim para surtos de varicela (catapora) atípicos com infecção secundária das lesões (impetiginização)”.
A hipótese é de que como as crianças tinham poucas lesões na pele, continuaram a ir à escola e transmitindo a doença. Outro fator que corrobora é que com a introdução da vacina contra catapora no calendário vacinal, em 2013, foram relatadas mudanças no padrão da doença, com o aparecimento de formas atípicas ou mais brandas.
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