O craque Cristiano Ronaldo não quer deixar a quinta Bola de Ouro escapar: o astro do Real Madrid, que encara o Borussia Dortmund nesta terça-feira pela Liga dos Campões, quer igualar o recorde do argentino Lionel Messi, mas vê jovens como Neymar e Mbappé surgirem.
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Cristiano (2008, 2013, 2014, 2016) e Messi monopolizaram os últimos nove títulos de melhor jogador do mundo. Parece que não vão haver mudanças desta vez.
Nos últimos três anos, o campeão da Liga dos Campeões levou a Bola de Ouro na sequência. O cenário indica favoritismo do português, após o inédito bicampeonato consecutivo da competição europeia e título do campeonato espanhol.
Primeiro e único jogador a alcançar a barreira dos 100 gols na maior competição de clubes da Europa (108 até agora), artilheiro da última edição com 12 gols, autor de dois gols na final contra a Juventus, bronze da Copa das Confederações com Portugal… São apenas algumas das indicações de que CR7 não poderia ter um final melhor de temporada.
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“Quando você joga bem, marca gols e seu time vence, é claro que ajuda a conquistar recompensas individuais”, afirmou Ronaldo em maio.
– Problemas judiciais –
O português parece saber o caminho para conquistar a quinta Bola de Ouro, completando o desafio que se impôs publicamente em 2015: “alcançar Messi” em conquistas individuais.
No entanto, a atmosfera de Cristiano no Real Madrid complicou durante as férias, entre rumores de transferências e problemas judiciais, após ser incriminado em julho por fraude fiscal na Espanha.
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Em sua volta aos gramados em meados de agosto, pela Supercopa da Espanha contra o Barcelona (3-1, 2-0), a situação complicou: apesar do título contra o maior rival, o luso levou amarelo ao comemorar gol por tirar a camisa. Na sequência, recebeu o segundo cartão por simulação de pênalti e empurrou o árbitro.
A atitude gerou suspensão de cinco jogos ao astro português.
As “injustiças não vão me derrubar e como sempre voltarei mais forte”, defendeu-se nas redes sociais.
Apesar de marcar dois gols na vitória contra o Apoel (3-0), o atacante parece mostrar falta de ritmo. Cristiano não balançou as redes nos dois jogos seguintes e falta poder de definição ao Real Madrid.
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E o que é pior: no Barcelona, Messi está voando baixo e já marcou 12 gols em 9 jogos oficiais.
“Para vocês (imprensa) é sempre a mesma coisa quando não marca… Perguntem…” ironizou Zidane no último sábado.
“É preciso estar tranquilo. Ele está tranquilo. Isso é muito longo e no final ele vai fazer a diferença como sempre”, acrescentou.
– Jovens pressionam –
O domínio de Ronaldo e Messi começa a ser ameaçado por uma nova geração: Neymar, Paulo Dybala, Antoine Griezmann e Kylian Mbappé são apenas alguns dos nomes que surgem para lutar pelo título de melhor jogador do mundo no futuro próximo.
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O brasileiro do Paris Saint-Germain, Bola de Bronze em 2015, foi eleito finalista ao prêmio “The Best Fifa” deste ano, ao lado da dupla usual.
A transferência para o PSG, pelo valor recorde de 222 milhões de euros, deixou claro o desejo de Neymar deixar a sombra de Messi. O objetivo é conquistar a Bola de Ouro. Em 2014, o argentino avaliou que o brasileiro ganharia o prêmio “um dia”.
Cristiano e Messi conservam um escudo contra essa nova safra de jogadores, segundo Zidane: as incríveis estatísticas ofensivas.
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“Quando se olha bem, não existem muitos jogadores que marquem tantos gols, que sejam tão decisivos”, destacou o técnico francês.
Por isso, CR7 quer voltar a brilhar nesta terça-feira contra o Borussia Dortmund, para espantar de vez seus perseguidores e enviar uma mensagem ao jurado da Bola de Ouro.
* AFP