A CPI dos respiradores na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) aprovou nesta terça-feira (21) um requerimento para ouvir o vereador Ed Pereira (PSDB), de Florianópolis. Trata-se de um nome novo em toda a trama da polêmica compra dos 200 respiradores por R$ 33 milhões pelo governo do Estado.
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O requerimento foi feito pelo presidente da CPI, o deputado Sargento Lima (PSL), com base em um suposto áudio captado antes de uma sessão da Câmara de Vereadores de Florianópolis. Conforme o requerimento, no áudio Ed Pereira conversa com outros vereadores sobre alguns nomes do governo estadual. Ao falar do ex-chefe da Casa Civil, Douglas Borba, Pereira teria dito que “empresários paulistas investiram pesado no Douglas Borba“.
Borba é um dos nomes do governo envolvidos na investigação sobre os respiradores. Ele chegou a ser preso preventivamente e, conforme a força-tarefa da Operação Oxigênio, teria sido o responsável por indicar à Secretaria de Estado da Saúde (SES) intermediários para a negociação com a Veigamed. Entre eles está o empresário paulista Fábio Guasti – que atuou como representante da empresa fluminense e também foi preso.
A conversa gravada não deixa claro em momento algum que o assunto dos vereadores tem relação com a compra dos respiradores. A gravação teria sido feita em meados de abril (a compra foi consolidada no dia 1º de abril) e veio à tona nos últimos dias.
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Pelo áudio não citar especificamente o caso dos respiradores, houve um breve debate entre os deputados sobre a necessidade de um depoimento do vereador Ed Pereira para esclarecer os fatos. No entanto, os membros da CPI decidiram acompanhar o pedido de Lima e aprovar o pedido.
A expectativa da CPI é que o depoimento seja marcado para a próxima terça-feira (28), no que deve ser a última reunião aberta da comissão antes da entrega do relatório final por parte do relator Ivan Naatz.
Como o Diário Catarinense já havia adiantado nesta segunda-feira (20), a CPI aprovou também um requerimento ao Supremo Tribunal de Justiça e ao Ministério Público pedindo acesso a um inquérito da investigação criminal que ainda está em sigilo.
A reportagem tentou contato com o vereador Ed Pereira por telefone, mas não teve retorno.
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