A comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) que apura denúncias de irregularidades na compra de 200 respiradores mecânicos pelo governo de Santa Catarina começou a ouvir os primeiros depoimentos de testemunhas no fim da manhã desta quinta-feira (14).
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A suspeita em torno dessa compra, com pagamento antecipado de R$ 33 milhões, resultou na exoneração de dois secretários e um pedido de impeachment do governador Carlos Moisés da Silva.
– O objetivo é entender como era o processo, os trâmites dentro das secretarias para depois aprofundarmos a investigação da compra – explicou o relator adjunto da comissão Fabiano da Luz (PT).
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Nesta quinta, serão ouvidas cinco testemunhas, entre servidores e agentes públicos. Nesta manhã, o primeiro depoimento foi do chefe da Defesa coronel do Corpo de bombeiros João Batista Cordeiro Júnior. Na sequência, foi o ex-secretário adjunto da Casa Civil Mateus Hoffmann.
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Também serão ouvidos Karin Sabrina Duarte, diretora de gestão de licitação de contratos da Secretaria de Estado da Administração; Leandro Adriano de Barros, ex-secretário de Saúde de Biguaçu, advogado e pessoa de confiança do ex-secretário de Estado da Casa Civil Douglas Borba e Mariana Rabelo Petry, advogada em Biguaçu.
– A CPI vai solicitar documentos do Gaeco, Ministério Público, Polícia Civil e até da comissão interna criada pelo governo que investiga o caso – relatou Luz.
O relatório preliminar da CPI dos respiradores deve ser entregue na última semana de junho, após sugestões de todos os deputados. Em seguida, após vistas coletivas dos membros da comissão, será apresentado o relatório final.