A CPI do Cachoeira começa na tarde desta terça-feira a maratona de depoimentos. O primeiro a ser ouvido é o delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques Sousa, responsável pela Operação Vegas, de 2009. Ela precedeu a investigação Monte Carlo, que prendeu o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
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Com 21 minutos de atraso, o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), abriu os trabalhos. Antes do início da audiência, os integrantes da CPI decidiram, por 17 votos a 11, realizar o encontro em sessão secreta.
O pedido foi feito pela senadora Kátia Abreu (PSD-TO) e deputado federal Luiz Pitiman (PMDB-DF), que querem ouvir em encontro reservado os delegados e procuradores que participaram das investigações contra o contraventor Carlinhos Cachoeira.
Para defender o requerimento das sessões secretas, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) disse que esta era a condição proposta pelos delegados responsáveis pela Operação Vegas para “ampla divulgação das informações”. No entanto, o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo, negou ter recebido o pedido.
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A comissão também vai discutir um pedido do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) para garantir regras menos rígidas para ter acesso à sala-cofre da CPI, onde estão guardados os documentos sigilosos enviados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na questão de ordem, Cunha Lima disse que “nem a ditadura” violou as prerrogativas dos parlamentares de “uma forma tão brutal”.
– Há o risco de se inviabilizar o instituto da investigação parlamentar, sujando o nome desta Legislatura na história, e o Congresso Nacional ser, mais uma vez, atropelado por uma ação enérgica do STF, do PGR (Procuradoria Geral da República) ou na investigação jornalística – criticou o senador tucano.
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