A CPI do Cachoeira retoma nesta terça-feira a oitiva dos depoimentos de pessoas supostamente ligadas à organização criminosa comandada pelo contraventor. Entre elas, está Andressa Mendonça, mulher de Carlinhos Cachoeira. Ela é a única dos quatro depoentes que não havia impetrado, até esta segunda-feira, habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir o direito ao silêncio na CPI.

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O depoimento de Andressa está marcado para ter início por volta das 10h15min. O argumento para a convocação de Andressa é de que ela “circulava entre figuras importantes, como políticos, empresários e jornalistas”, e teria conhecimento da rede de influência de Carlinhos Cachoeira.

Além disso, Andressa deve ser questionada sobre a acusação de tentativa de chantagem ao juiz federal Alderico Rocha Santos, da 11ª Vara Federal em Goiânia. Segundo o magistrado, ela teria tentado chantageá-lo com ameaça de divulgar um dossiê com informações e fotos dele com políticos e empresários.

Também nesta terça, deve ser ouvido o policial federal aposentado Joaquim Gomes Thomé Neto, apontado como um dos “arapongas” do grupo de Cachoeira. Ele havia sido convocado no início de julho, mas apresentou atestado médico. Thomé já tem decisão favorável ao pedido de habeas corpus impetrado no STF.

Outros dois depoentes que podem ficar calados porque já obtiveram decisões favoráveis do Supremo são a ex-mulher de Cachoeira, Andréa Aprígio, e o contador Rubmaier Ferreira de Carvalho, apontado como responsável pela abertura de empresas que seriam usadas como fachada por Cachoeira para lavar dinheiro. O depoimento deles está marcado para quarta-feira.

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