Foi sofrido, com um gol antes dos dez minutos do primeiro tempo, mas o Coxa se segurou e conseguiu derrotar o vice líder Atlético-MG no Couto Pereira, por 1 a 0. Com o resultado, o time paranaense se livra do risco de rebaixamento e praticamente tira as chances reais de título do time mineiro, que vê o Fluminense abrir nove pontos na liderança.

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Chegando aos 45 pontos, o Coritiba chega à zona de conforto. Matematicamente, o Coxa ainda pode ser ultrapassado por um dos times da zona de rebaixamento, o Sport, que tem 36 pontos, mas já não pode ser alcançado pelos outros três. Se vencer na próxima rodada e o time pernambucano não vencer, adeus ao risco. Na próxima rodada, o Coxa vai até São Paulo, onde enfrenta o Corinthians, no próximo sábado.

O Atlético-MG se complicou. Se vencesse, cortaria para seis pontos a vantagem do líder Fluminense, chegando aos 67 pontos, já que o Tricolor carioca empatou com o São Paulo na tarde deste domingo. Mas a vitória não veio e o time mineiro – que garantiu vaga na Libertadores com a derrota do Internacional – fica muito distante do título, apesar de ainda ter chances matemáticas. No próximo domingo, no Rio de Janeiro, o Galo visita o Vasco da Gama.

Pressão do Coxa

Nos primeiros minutos da partida, o Coritiba ficou mais com a bola nos pés, enquanto o Atlético-MG se manteve um pouco recuado, esperando para tentar surpreender os donos da casa em um contra-ataque, especialidade do time mineiro. Mas um erro do sistema defensivo atleticano aos 7 minutos fez cair por terra a estratégia. Everton Ribeiro recebeu na ponta direita, fez ótimo drible em Réver e invadiu a área. Fillipe Soutto chegou na cobertura, mas foi driblado e acabou derrubando o avante coxa-branca, cometendo pênalti. Deivid cobrou com calma no lado direito, contrário ao escolhido pelo goleiro Victor.

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Então, o técnico Cuca se viu obrigado a adiantar a equipe do Galo, em busca do gol de empate. O Coxa manteve sua marcação adiantada, mas o Atlético-MG conseguiu se sobressair ofensivamente e ocupar mais o campo de ataque. Logo no minuto seguinte ao gol de pênalti, o Galo quase empatou, quando Marcos Rocha cruzou da direita e o zagueiro Luccas Claro cabeceou contra o próprio patrimônio, quase fazendo um gol contra, não fosse a excelente defesa de Vanderlei.

Esse lance inverteu a tônica da partida. Durante boa parte do primeiro tempo, o Galo exerceu grande pressão sobre o Coxa, chegando constantemente com perigo na meta do goleiro Vanderlei. Suprindo a ausência de um meia, que foi preterida pela escalação de três volantes, o meia Ronaldinho buscava a bola no meio de campo, para fazer a ligação com os homens de frente. Estes, principalmente Jô e Bernard, fizeram trocas de passes envolventes e ameaçaram a defesa coxa-branca, mas nenhuma resultou em gol.

Em uma das únicas chances claras que teve após seu gol, o Coritiba foi quem quase chegou ao gol aos 37 minutos. Lincoln tabelou com Everton Ribeiro na ponta direita e conseguiu penetrar na área livre e bater rasteiro cruzado de perna direita. Victor não alcançou, mas a bola explodiu no pé da trave direita. O rebote ficou com Rafinha, que tentou novo chute, mas pegou muito mal na bola e ela foi em direção ao impedido Lincoln.

Galo ataca

As duas equipes retornaram a campo sem alterações, portanto, satisfeitas com a forma que acabaram o primeiro tempo, com o Atlético-MG atacando com muita frequência e o Coritiba esperando para contra-atacar. Mas isso mudou após alguns minutos, quando aos 13 minutos o técnico Cuca alterou a estrutura tática do time mineiro. Ele fez uma substituição normal ao trocar Jô por Leonardo, mas sacou um dos três volantes, Serginho, para colocar o atacante Guilherme, na função de meio-campo aberto pela direita, adiantando a equipe.

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Com a estratégia não surtindo efeito imediato, Cuca não esperou muito e adiantou ainda mais o Atlético-MG. Aos 22 minutos ele sacou outro volante, Fellipe Soutto, e colocou o meia Escudero. Mas isso quase custou ao time visitante levar o segundo gol. Poucos minutos mais tarde, Rafinha cruzou da ponta esquerda e Júnior César afastou mal, com a bola sobrando para Deivid na área, mas o atacante pegou mal na bola e Victor defendeu.

E foi esta a tônica do jogo até o apito final. O Atlético-MG insistiu muito e levou perigo ao gol coxa-branca, sempre com Bernard pela ponta esquerda. Em duas oportunidades o meia levantou bola para a área buscando o cabeceio de Leonardo, mas Vanderlei se safou. Porém, mesmo com a grande presença ofensiva do Galo, quem foi mais incisivo foi o Coritiba, aproveitando-se dos espaços na defesa alvinegra. Foram vários contra-ataques com três ou quatro jogadores contra apenas a dupla de zaga atleticana. Mas as finalizações do time paranaense não estavam calibradas.

A grande chance atleticana até ali veio aos 41 minutos, quando a zaga do Coxa afastou mal uma bola cruzada por Júnior César e a bola sobrou a meia altura nos pés de Guilherme. O atacante soltou uma bomba que tinha endereço, mas Vanderlei operou mais um milagre e evitou o empate. Imediatamente, o técnico Marquinhos Santos colocou em campo o zagueiro Pereira no lugar do meio-campo Rafinha. Minutos depois, aos 46, Leonardo perdeu a melhor chance do Galo em toda a partida. Bernard fez outra grande jogada na ponta esquerda e levantou na pequena área. O centro-avante subiu mais que a zaga e conseguiu cabecear, mas não pegou bem na bola e ela saiu. Foi a última chance atleticana.

FICHA TÉCNICA

Coritiba 1×0 Atlético-MG

Data-Hora: 04/11/12 (19h30 – de Brasília)

Local: Couto Pereira, em Curitiba (PR)

Árbitro: Wagner Reway (MT)

Assistentes: Lilian da Silva Fernandes (RJ) e Marcelo Bretanha Bariston (RS)

Cartões amarelos: Gil, Everton Ribeiro, Lincoln, Willian (COR); Leandro Donizete, Jô, Marcos Rocha (CAM)

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Gols: Deivid, aos 9’/1ºT (1-0)

Coritiba: Vanderlei; Victor Ferraz (Júnior Urso – 37’/2ºT), Luccas Claro, Escudero e Dênis; Willian, Gil, Lincoln (Emerson Santos – 29’/2ºT), Éverton Ribeiro e Rafinha (Pereira – 43’/2ºT); Deivid. Técnico: Marquinhos Santos

Atlético-MG: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Réver e Júnior César; Fillipe Soutto (Escudero – 22’/2ºT), Leandro Donizete, Serginho (Guilherme – 13’/2ºT), Bernard e Ronaldinho; Jô (Leonardo – 13’/2ºT). Técnico: Cuca.