Cotas, Enem, vestibulares, Sisu: saiba como as maiores instituições públicas de SC selecionam os estudantes

Antigamente, o estudante fazia o vestibular e logo sabia se estava dentro ou não da faculdade. Hoje, as coisas não são mais tão simples: cada instituição tem feito o próprio caminho e determinado porcentagens de vagas preenchidas por cotas para estudantes da rede pública, para negros, pelo Sisu, com a nota do Enem.

Saber utilizar estas ferramentas pode ser um diferencial para quem pensa em tentar uma vaga no ensino superior em 2015. O Caderno Vestibular preparou um resumo de como os maiores institutos, faculdades e universidades públicas de Santa Catarina têm conduzido seus processos seletivos. Confira:

:: UFSC

Vestibular: O vestibular da UFSC tem sido realizado em três dias separados – em geral, sábado, domingo e segunda-feira. O candidato pode alcançar até 105 pontos na prova, sendo 80 com questões objetivas de oito disciplinas e 25 para a redação e quatro questões discursivas.

Enem e Sisu: A UFSC não utiliza o Sisu para preencher vagas, mas a pontuação no Enem pode compor 30% da nota final. Caso a nota do Enem piore a classificação final do estudante, ela é automaticamente descartada. Não há informações sobre a UFSC usar ou não o Sisu neste ano.

Cotas: No ano passado, o número de vagas reservadas pela política de Ações Afirmativas aumentou de 30% para 35% na UFSC, sendo 25% para estudantes egressos da rede pública e 10% para candidatos autodeclarados negros. A porcentagem será de 50% até 2016.

:: Udesc

Vestibular: A Udesc faz dois vestibulares por ano, um para as turmas que iniciam no começo do ano e outro para os que começam no meio. As provas ocorrem em uma etapa pela manhã e outra à tarde. São 120 questões de múltipla escolha e mais uma redação. As datas das próximas provas já foram definidas: 1 de junho e 16 de novembro.

Enem e Sisu: Neste ano, a Udesc ofertou 25% das vagas do vestibular de verão 2014 pelo Sisu (ingresso em 2014/1). 30% das vagas do Sisu foram reservadas a cotistas. Ainda não há informações sobre os próximos processos seletivos, mas acredita-se que permaneça a mesma porcentagem.

Cotas: A instituição reserva 30% das vagas para o programa de Ações Afirmativas: 20% para candidatos que tenham cursado integralmente o ensino fundamental e médio em instituições públicas de ensino, e 10% para candidatos negros.

:: IFSC

Vestibular: O vestibular do IFSC preenche 30% do total de vagas do ensino superior. A prova é composta por dois exames com somatórias, além da redação. Nos cursos técnicos, todas as vagas são preenchidas por uma prova chamada Exame de Classificação.

Enem e Sisu: No último processo seletivo, a instituição aumentou de 50% para 70% o preenchimento do ensino superior pelo Sisu.

Cotas: Metade das vagas são preenchidas pelas cotas, tanto no ensino superior quanto nos cursos técnicos. O IFSC se adiantou e já segue a determinação do governo federal de que 50% das cadeiras sejam ocupadas por cotistas até 2016.

:: IFC

Vestibular: O IFC preenche 50% das vagas no ensino superior pelo vestibular. É uma prova de 50 questões objetivas e uma redação, com duração de cinco horas. Para os cursos técnicos, o ingresso ocorre apenas pelo Exame de Classificação.

Enem e Sisu: O IFC preenche metade das vagas do ensino superior pela plataforma Sisu.

Cotas: O IFC adota o sistema de cotas no vestibular. São 50% das vagas reservadas a candidatos que tenham cursado o ensino fundamental integralmente em escolas públicas, sendo metade destas para candidatos com baixa renda e a outra metade para quaisquer pessoas.

:: UFFS

Vestibular: A Federal da Fronteira Sul não possui nenhum tipo de exame ou vestibular para ingresso.

Enem e Sisu: Todas as vagas da UFFS são preenchidas com a nota do Enem, mas não pelo Sisu. O processo seletivo acontece uma vez por ano. O estudante deverá fazer a prova do Enem e se inscrever no processo seletivo, normalmente aberto no fi m do ano. Ainda não há informações sobre adesão ao Sisu.

Cotas: No último processo seletivo, 87% das vagas foram preenchidas por cotistas. Destas 85% foram reservadas a quem cursou o ensino médio em escolas públicas. Metade dos cotistas possuíam renda inferior a 1,5 salários mínimos. As cotas raciais ficaram em 16% do total.