Tratamentos de pele unem preocupações médicas e estéticas. Por isso, profissionais de ambas as áreas, não raro, atuam de forma integrada para garantir a preservação da saúde sem deixar de lado a beleza.
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A coordenadora do curso de Estética e Cosmética da Ulbra, Lucimar Brum, explica que a profissão de cosmetólogo não é oficialmente regulamentada no Brasil. O que ocorre é que alguns profissionais com formação em estética e cosmética usam essa nomenclatura, em detrimento de esteticista, que abrange desde quem tem formação profissionalizante até os que fizeram curso superior na área. O termo mais adequado nessa diferenciação, segundo a professora, seria tecnólogo em estética e cosmética.
– As atividades do tecnólogo envolvem habilidades e competências destinadas à promoção, manutenção e recuperação da saúde da pele da face, do corpo, do couro cabeludo e anexos, visagismo e maquiagem, resultando na elevação da autoimagem e autoestima, melhoria da qualidade de vida e da saúde integral – explica Lucimar.
Em 2011, as atividades em estética passaram a integrar Classificação Brasileira de Ocupações (CBO nº 3221) do Ministério do Trabalho. No dia 18 de janeiro de 2012 foi sancionada lei que reconhece as profissões de cabeleireiro, barbeiro, esteticista, manicure, pedicure, depilador e maquiador, enquadradas no setor de higiene e embelezamento. Nesse contexto, o curso superior de tecnologia em Estética e Cosmética visa à capacitação de profissionais para o domínio dos conhecimentos sobre os aspectos preventivos e reparadores em tratamentos faciais, capilares e corporais.
– O perfil do egresso consiste em um profissional capaz de realizar com destreza as atividades privativas do tecnólogo em estética e ainda de atuar em áreas afins, comuns a outras profissões, integrando com desenvoltura equipes multiprofissionais, em especial com dermatologistas e cirurgiões plásticos – destaca a professora.
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Especialidade médica
O dermatologista é um médico especializado em pele, cabelos, unhas e mucosas. Após a graduação em Medicina, o interessado em atuar na área realiza residência de um ano em clínica médica e dois anos em dermatologia geral, cosmiatria e cirurgia dermatológica. Após a conclusão da residência, deve submete-se à prova de título de especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.
De acordo com a dermatologista Miriam Peres, a residência em Dermatologia engloba todos os processos fisiopatológicos que envolvem a pele, desde simples infecções até reações autoimunes, inflamatórias e tumores.
– Deve-se destacar a importância do dermatologista no hospital geral, muitas vezes diagnosticando, através das lesões cutâneas, manifestações neoplásicas iniciais, diabete, Aids, hepatites e linfomas – comenta a médica.
Ao longo das últimas décadas ocorreu uma evolução da especialidade com o pioneirismo dos dermatologistas nos tratamentos cosmiátricos, como preenchimentos, toxina botulínica, fotorrejuvenescimento facial com lasers, luz e outras fontes de energia, tratamentos para manchas com luz intensa pulsada e peelings químicos. Sem contar o tratamento de doenças como tumores, vitiligo e psoríase.
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– A especialidade é extremamente abrangente, exigindo atualização continuada e constante nos diferentes campos de interesse – salienta Miriam.