Cortinas do abraço foram montadas em asilos de Blumenau e região para aproximar idosos e familiares durante a pandemia de Covid-19. As cortinas são feitas de um tipo de plástico que impede que o vírus ultrapasse o material, possibilitando um abraço apertado e um beijo carinhoso para matar a saudade. Mais de 600 idosos vão poder se reconectar com os familiares que tanto amam.
Continua depois da publicidade
> Receba todas as notícias de Blumenau e região pelo WhatsApp
Ao todo, 24 casas asilares que ficam em Blumenau, Gaspar, Pomerode, Timbó e Indaial, no Vale do Itajaí, receberão a cortina do abraço, possibilitando o reencontro dos familiares que não podem receber o simples gesto há tanto tempo. Além disso, serenatas também estão sendo feitas, para levar música e conforto emocional aos idosos. As cortinas serão entregues até o dia 30 de abril.
A primeira ação de entrega da cortina ocorreu no dia 15 de abril no Lar Elsbeth Koehler em Blumenau e no Centro do Convivência Pommer Hein, em Pomerode. Marlise Hering, uma das pessoas que foi até o asilo para reencontrar a mãe, fala da felicidade e sa surpresa em poder abraçá-la.
— Eu cheguei só para visitar minha mãe e consegui a glória de poder dar um abraço. Foi muito emocionante, depois de uma ano e um mês, poder abraçar a minha mãe e me sentir tão próxima dela — disse.
Continua depois da publicidade
> Casal de Blumenau internado com Covid-19 pede encontro e ganha almoço romântico
A cortina foi confeccionada por costureiras da Cooperativa dos Grupos de Inclusão Produtiva (Coopergips) em um plástico resistente que pode ser higienizado rapidamente e reutilizado em diversos momentos. O “facilitador de carinho” — se é que podemos chamar assim — continua nos asilos por tempo indeterminado e seguindo rigorosos protocolos de higienização para garantir a proteção dos idosos e também dos familiares que vão até lá para abraçá-los.
A ação é promovida pela Unimed Blumenau e ocorre durante todo o mês de abril, em alusão ao mês da saúde. No período em que mais prezamos por ela, poder matar a saudade, mesmo que de forma diferente, durante o “novo normal”, faz o coração se encher de esperança na espera por dias melhores.