A FIESC lançou nesta semana campanha com o mote “Quando o governo tira do SESI e do SENAI, tira muito mais do trabalhador”. O objetivo é chamar a atenção da sociedade para os impactos da proposta apresentada pelo governo federal, que quer apropriar-se de parte das contribuições da iniciativa privada às entidades do Sistema S ? que tem reconhecida atuação na educação dos trabalhadores e dos seus filhos e em programas de saúde e segurança do trabalhador. Os efeitos seriam irreparáveis, não só para SESI e SENAI, mas também para as entidades coirmãs, como SESC, SENAC (do comércio), SENAR (da agricultura), SEST e SENAT (do transporte) e SEBRAE. Trata-se de um verdadeiro confisco, que não podemos aceitar.
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Se confirmado o desvio dos recursos, serão fechadas mais de 40 mil vagas em cursos profissionais e de educação básica, oferecidos pelo SESI e pelo SENAI anualmente em Santa Catarina. Além disso, mais de 50 unidades das duas instituições fecharão as portas e milhares de trabalhadores perderão seus postos de trabalho. No plano nacional, a estimativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) é de que serão fechadas 300 escolas profissionais do SENAI. Outras 450 unidades escolares do SESI vão encerras as atividades, afetando 735 mil alunos no ensino básico ou na educação de jovens e adultos. As duas instituições nacionais serão obrigadas a dispensar cerca de 30 mil trabalhadores.
“Se confirmado o desvio dos recursos, serão fechadas mais de 40 mil vagas em cursos profissionais e de educação básica, oferecidos por SESI e SENAI”
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Estamos convidando a sociedade a vir para a Marcha pelo Futuro em defesa do SESI e do SENAI, porque se essas entidades perderem força estaremos comprometendo importantes oportunidades de desenvolvimento e de qualidade de vida do trabalhador e reduzindo as possibilidade de um futuro melhor para os catarinenses.
Convidamos os industriais, os empresários de todos os setores, os trabalhadores, os pais de nossos alunos, os profissionais que trabalham nas entidades do Sistema S, enfim, a todos os cidadãos, para que se manifestem contra mais essa arbitrariedade do governo federal. Pedimos que encaminhem seu protesto à presidência da República, mas especialmente, aos senadores e deputados de nosso Estado, pedindo que rejeitem essa infeliz, inaceitável e descabida intenção.
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