O anúncio de que os cortes nas universidades federais podem chegar a 30% representariam R$ 16,6 milhões a menos no orçamento da Universidade Federal da Fronteira Sul, que tem um campus e a reitoria em Chapecó, além de outras três unidades no Rio Grande do Sul e duas no Paraná.
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A previsão inicial era de R$ 55 milhões. Os bloqueios devem atingir R$ 45 mil de gastos com capacitação dos servidores, R$ 246 mil com projetos de pesquisa e extensão, além de bolsas de estudos, e outros R$ 16,3 milhões de despesas com serviços terceirizados, gastos com projeto de ensino, pesquisa e extensão e aluguéis, entre outros.
— Nós já tínhamos uma previsão de contingenciamento de 20%, ainda não sabemos se esse corte de 30% vai se efetivar mas se isso acontecer vamos ter que reduzir compra de livros e equipamentos, pois outras despesas de água, luz, segurança e limpeza não temos como cortar — disse o reitor, Jaime Giolo.
Ele citou que algumas obras de melhorias nos campi também devem ser adiadas. No entanto será mantida a assistência estudantil e também a construção do Bloco C no campus de Chapecó. Já foram investidos R$ 11 milhões e faltam R$ 3 milhões para concluir a obra, que terá salas de aula, salas de professores, auditório e também vai abrigar a reitoria, que atualmente ocupa um prédio no centro de Chapecó. O custo com aluguel é de R$ 50 mil mensais. A intenção é concluir o prédio no ano que vem.
Giolo disse que há uma mobilização para tentar manter os recursos. A UFFS conta com cerca de 10 mil alunos. Já outros projetos, como a instalação de um campi em Concórdia, estão descartados enquanto não houver melhora no cenário econômico.
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