A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para as montadoras, conforme prevê o novo regime automotivo previsto no Plano Brasil Maior, não vai resultar na queda imediata dos preços dos carros no mercado, confirmou ontem o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini.

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– O consumidor vai se beneficiar ao longo dos anos, com a melhora da competitividade da indústria – afirmou.

A medida prevê a desoneração do IPI recolhido pelas montadoras com fábricas no Brasil até julho de 2016. O dinheiro, segundo prevê a Medida Provisória 540, só poderá ser usado em projetos de inovação tecnológica, investimentos e uso maior de peças feitas no país.

O objetivo é estimular a competitividade com vistas a reduzir importações. O governo ainda não definiu as bases da desoneração, como porcentuais de redução de IPI, produtos que serão beneficiados e as bases da contrapartida das fabricantes.

A MP, segundo a Receita Federal, prevê redução de até 30 pontos porcentuais. O texto dá margem ao mercado de supor que alguns veículos poderão ter o IPI zerado, já que, nos casos dos automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e tratores a alíquota máxima é de 25%.

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