Fundação exige corte de árvore exótica para evitar morte de abelhas em SC

A Fundação Municipal do Meio Ambiente de Morro da Fumaça (Fumaf) está orientando moradores do município, no Sul do Estado, a cortar árvores tóxicas. A Spathodea Campanulata, conhecida popularmente como Espatódea ou Bisnagueira, é uma espécie exótica e proibida no território catarinense por afetar a saúde de insetos polinizadores, como abelhas e formigas.

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Além de intensificar a fiscalização para identificar a quantidade de árvores invasoras no município, o órgão também está comunicando a população sobre a necessidade do corte e substituição das árvores a partir da legislação estadual.

De acordo com a Lei nº 17.694/2019, a produção de mudas e o plantio de Espatódea são proibidos em Santa Catarina. A legislação prevê multa de até R$ 1 mil por planta ou muda produzida, a ser aplicada em dobro no caso de reincidência.

Segundo Mario Antônio de Godoi Correia, engenheiro florestal da Fumaf, estudos mostram que a espécie é prejudicial para o ecossitema e causa a morte de polinizadores. Entretanto, o órgão ainda não mapeou prejuízos à fauna local.

— Fazemos essa campanha na cidade desde 2019 e vamos iniciar as remoções. Após o mapeamento das árvores, entramos em contato com os responsáveis pelo terreno para autorizar e orientar o corte — explica Correia. 

Os técnicos da Fumaf também realizam avaliações a partir de solicitações da população. Após a confirmação da espécie, a remoção poderá ser realizada. 

Perigo para a biodiversidade

A flor da Espatódea possui uma substância com ação inseticida, que pode ser mortal para pequenos insetos polinizadores. Com a diminuição da população desses animais, a árvore exótica pode causar um desequilíbrio ecológico na região. 

— Os insetos daqui não tem nenhum mecanismo de defesa sobre a espécie invasora. A mortalidade desses animais prejudica a polinização das espécies nativas e a biodiversidade local — justifica o engenheiro florestal.