Reduzir juros diante do atual quadro econômico seria um contrassenso do Comitê de Política Monetária (Copom), avalia o economista-chefe do Espírito Santo Investment Bank (Besi Brasil), Jankiel Santos.

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– Não é de agora que achamos que o Banco Central (BC) deveria parar de cortar juros e aguardar os efeitos dos estímulos que o governo já concedeu à economia – diz Santos.

Na terça-feira, começa a reunião de dois dias do Copom para definir o nível de juros de referência da economia brasileira (Selic) para os próximos 41 dias. É consenso no mercado que o colegiado vai derrubar pela sétima vez consecutiva a taxa de juros nominal do país.

Segundo levantamento feito na semana passada pelo AE Projeções com 80 instituições, 67 esperam um corte de 0,50 ponto porcentual da atual Selic de 9% ao ano; 12 acreditam na manutenção do corte em 0,75 ponto e apenas uma casa aposta em 0,25 ponto porcentual.

Em relatório divulgado no fim de semana, assinado em parceria com seu colega Flávio Serrano, Santos chama a atenção para o fato de que todos desejam saber se os diretores do BC realmente levarão em conta todos os incentivos já concedidos e também que já cortaram 3,5 pontos porcentuais da Selic (desde agosto de 2011).

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