O presidente em exercício, Michel Temer, assistiu em seu gabinete, no Palácio do Planalto, à sessão do Senado que decidiu, na madrugada desta quarta-feira, tornar ré, no processo de impeachment, a presidente afastada Dilma Rousseff.
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— Correu tudo conforme o esperado — disse Temer, no terceiro andar do Planalto, com seu habitual tom comedido.
Ao seu lado, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, lembrou que, mais uma vez, suas estimativas chegaram bem perto do resultado da votação. Padilha previu de 58 a 60 votos a favor do parecer do relator, Antonio Anastasia (PSDB-MG) — o resultado final marcou 59 a 21.
— O presidente Michel Temer sempre falou com deputados e senadores e continua falando. A grande marca desse governo é a pacificação — afirmou o ministro Padilha, em crítica velada à gestão de Dilma Rousseff.
Diante do avanço do processo de impeachment, Temer manterá a programação da viagem para a China. O presidente interino pretende participar da cúpula do G-20, nos dias 4 e 5 de setembro, em Hangzhou.
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— Nós confiamos nos senadores, que têm, literalmente, correspondido às expectativas — comentou o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.
O presidente em exercício só deixou o Planalto por volta de 2h30, depois que a sessão do Senado terminou.