A correspondente do jornal O Estado de São Paulo em Washington, Cláudia Trevisan, foi detida nesta quinta-feira na Universidade de Yale quando estava aguardando a saída do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, de uma conferência no local. A jornalista foi algemada e por quase cinco horas mantida incomunicável dentro de um carro policial e em uma cela do Departamento de Polícia da universidade. Sua liberação ocorreu apenas depois de sua autuação por “transgressão criminosa”.
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O caso foi acompanhado pelo Itamaraty, em Brasília, e pela embaixada brasileira em Washington e pelo consulado em Hartford, Connecticut, que colocou à disposição da jornalista seu apoio jurídico. O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, estava em Nova York e foi informado por assessores sobre o incidente. Claudia, pouco antes de ser presa, pôde informar um diplomata da embaixada brasileira por telefone.
Claudia Trevisan é correspondente de O Estado de São Paulo em Washington desde o final de agosto. Nos últimos cinco anos, havia atuado em Pequim, na China, onde foi também diretora da Associação de Correspondentes Estrangeiros. Por outros meios de comunicação brasileiros, havia trabalhado como correspondente em Buenos Aires e em Pequim.
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