Com a chegada do calor e a época de chuvas, a preocupação com a dengue volta a incomodar a população e o poder público, que está realizando ações preventivas para combater o mosquito. No último sábado, o Centro de Saúde, Conselhos Comunitário e de Saúde do bairro Córrego Grande, em Florianópolis, realizaram um mutirão de conscientização após receberem a notícia de que haviam nove focos no bairro.
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Foram identificadas larvas do mosquito em residências, oficinas mecânicas e até em veículos para leilão dentro no pátio da Universidade Federal de Santa Catarina. A moradora de uma das casas, que preferiu não se identificar, conta que recebeu a visita dos agentes, e desde então passou a tomar medidas para evitar as proliferação:
– Na nossa casa foram identificados focos nas bromélias, e de dois em dois meses os fiscais vem aqui para fazer o acompanhamento. Também orientamos o jardineiro para ficar mais atento – disse.
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Focos de dengue também foram encontrados em carros em pátio da UFSC
Foto: Diórgenes Pandini / Agência RBS
No mutirão de sábado, mais de 20 pessoas, entre agentes comunitários, funcionários do centro de saúde e população, distribuíram folhetos com informações aos moradores, e também realizaram a limpeza em terrenos baldios com lixo. O presidente do Conselho Comunitário, Adriano Roberto Weickert, explica que novas ações serão ser realizadas para conscientização:
– A população se mostrou muito preocupada de este problema da dengue nos atingir.
Passamos um carro de som, e vamos fazer novas ações já que esta já teve uma repercussão boa, os moradores vieram buscar informações, e no dia mesmo recebemos muitas denúncias de locais de risco – disse.
227 focos em Florianópolis
Segundo informações da Secretaria de Saúde, Santa Catarina registrou cerca de 3,3 mil casos da doença, a maior parte em Itajaí. Em Florianópolis, não há registro de contaminação dentro do próprio território, porém, desde o começo do ano, foram encontrados 227 focos, sendo 185 no Continente, 28 no Norte, cinco no Centro e nove no Leste.
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A gerente de Vigilância Epidemiológica, Ana Cristina Vidor, explica que a região continental possui um tráfego intenso de caminhões, ônibus e veículos vindos de outras cidades, que podem trazer o mosquito, além de um grande número de ferros-velhos, locais que acumulam água com facilidade. Ana Cristina destaca que ações de prevenção são fundamentais durante o ano todo:
– Ações como a realizada no Córrego Grande são essenciais, todas as pessoas devem ter consciência que todos corremos riscos, muitas vezes cria-se uma situação de risco por desconhecimento. Cada um deve cuidar de sua casa e do seu bairro, pois somente o poder público não vai dar conta.
Denúncias
Para denunciar possíveis locais de contaminação do mosquito, a população deve entrar em contato com a ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde, nos telefones (48) 3239-1537/ 3239-1569 ou online no site www.pmf.sc.gov.br/entidades/saude . As denúncias são encaminhadas ao Programa de Combate à Dengue, que faz o trabalho de análise e contenção dos possíveis focos. Em média, levam sete dias para a resposta sobre a reclamação.
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