Os cinco integrantes da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC) que fugiram da Penitenciária de Florianópolis, por volta da 1h da madrugada de sábado, ainda estão foragidos.
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Apesar das buscas feitas na manhã de sábado, não há mais informações se houve novas operações neste domingo para recapturar os fugitivos que estavam na ala conhecida como “máxima”.
De acordo com o Departamento de Administração Prisional (Deap), os detentos que fugiram são Gean Paiva Guapiano, 25 anos, de Balneário Camboriú (havia sido preso por tráfico de drogas em Brusque); Rafael Marcelino, 21, de Blumenau (havia sido preso por furto); João Paulo dos Santos, 28, de Blumenau; Gregory Anacleto Passos de Lima, 29, de Florianópolis e Juliano Luiz Brini, 26 de Blumenau (havia sido preso por tráfico de drogas).
Ainda no sábado, a corregedoria da Secretaria da Justiça e Cidadania esteve no local ouvindo agentes penitenciários sobre procedimentos, cotidiano da unidade e ações preventivas para o inquérito que apura a fuga.
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Os detentos que escaparam eram do Presídio de Blumenau e haviam sido transferidos para a Penitenciária de Florianópolis por terem ameaçado o chefe de segurança da prisão no Vale. Denúncias sobre eles podem ser dadas aos telefones 190 (´PM) ou para 181 (Polícia Civil).
A reportagem ainda não conseguiu ouvir a direção do Deap sobre a fuga.
O DC apurou que os detentos fizeram um buraco e fugiram pela tubulação de esgoto. Servidores ouvidos pela reportagem disseram que as circunstâncias da fuga são no mínimo estranhas.
“Falha de procedimentos”
As primeiras apurações sobre a fuga indicam que houve falha de procedimentos operacionais pela equipe de segurança, conforme informou neste domingo o secretário-adjunto da Justiça e Cidadania, Leandro Lima.
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Secretário-adjunto da Justiça e Cidadania, Leandro Lima.
– Numa primeira análise eles escaparam cavando no assento sanitário onde acessaram a rede de esgoto. Depois venceram um primeiro muro e fugiram pelos fundos, onde ali é complicado – afirmou.
O secretário voltou a admitir a necessidade do complexo prisional sair de onde está, numa área residencial da Agronômica.
– Precisamos sair daquele local. Do jeito que está não vem funcionando. A penitenciária tem 85 anos. Os prefeitos precisam ceder – apelou sobre a necessidade de prefeitos aceitaram a construção de novas unidades prisionais.
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Lima disse que a situação no complexo – abriga 2,2 mil presos – poderia ser ainda pior se 57% deles não trabalhassem no local.