O corregedor-geral da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Rodolfo Hickel do Prado, se afastou da função por 60 dias por motivos de saúde. A licença médica foi solicitada e concedida para o período de 6 de novembro até 5 de janeiro de 2018. O gabinete da reitoria não informou qual seria a doença do corregedor e Rodolfo não foi localizado para comentar o afastamento. Ele fazia a investigação interna relacionada ao desvio de recursos em cursos de Educação a Distância (EaD) do programa Universidade Aberta no Brasil (UAB).

Continua depois da publicidade

A Advocacia-Geral da União (AGU), que é quem cede o corregedor à UFSC, confirmou a licença nesta quarta-feira. Por meio de nota, disse que “conforme consta no Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos do governo federal (Siape), o servidor Rodolfo Hickel do Prado encontra-se afastado para tratamento de saúde no período de 06/11/2017 a 05/01/2018”.

A universidade informou que nas ausências e impedimentos do corregedor-geral e não havendo substituto imediato, os atos disciplinares e correicionais, pelo fato de haver competências concorrentes, são exercidos pela chefia do gabinete do reitor até que haja nomeação de outros corregedores.

Em coletiva na segunda-feira, o reitor em exercício da UFSC, Ubaldo Balthazar, anunciou o retorno de pró-reitores da atual legislatura, que haviam pedido para deixar o cargo no mês passado. O professor também deixou clara a intenção de limitar o trabalho do agora afastado corregedor-geral Rodolfo Hickel do Prado, uma das principais testemunhas da operação Ouvidos Moucos, que apura suposto desvio de dinheiro em programa de ensino a distância.

As declarações do maior representante da UFSC e o retorno da equipe expõem uma guerra que se arrasta desde o dia 14 de setembro na universidade, quando foi deflagrada a Ouvidos Moucos. Balthazar afirmou que tenta também o retorno dos ex-integrantes da Corregedoria da UFSC. Três nomes foram empossados em maio de 2016, mas dois entregaram os cargos dias depois: Ronaldo David Viana Barbosa e Marcelo Aldair de Souza. O objetivo da ação seria diminuir o poder do atual corregedor-geral.

Continua depois da publicidade