A expectativa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é de que o ministro-corregedor Benedito Gonçalves peça o compartilhamento do depoimento do senador Marcos do Val (Podemos-ES) à Polícia Federal (PF) para encorpar as ações a que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) responde na Corte.

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Gonçalves é o relator das ações que podem tornar Bolsonaro inelegível. A mais adiantada foi protocolada pelo PDT, após o ex-presidente convocar embaixadores para disseminar informações inverídicas sobre o processo eleitoral no Brasil.

Nesta ação foi compartilhada a investigação da minuta golpista encontrada na casa do ex-ministro Anderson Torres (Justiça). O mesmo procedimento deve ocorrer com relação às declarações do senador. A avaliação é de que será preciso entender se os dois fatos estão conectados.

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Em um primeiro momento, a avaliação na Corte é de que o relato de Marcos do Val reforça a tese de que Bolsonaro só não deu um golpe porque faltou apoio político.

Marcos do Val revelou nesta quinta-feira (2) que se reuniu com Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) e foi convidado a participar de um plano para anular as eleições de 2022. A ele, caberia encontrar-se com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e gravá-lo sem o seu conhecimento.

O senador diz ter comunicado a Moraes o convite para ir ao Palácio da Alvorada e, posteriormente, o teor da conversa. Integrantes do TSE acreditam que isso não será suficiente para eximi-lo de se explicar a respeito do seu envolvimento na trama.

*Por Juliana Braga

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