A Meia Maratona de Floripa teve registro de corredor que fraudou o regulamento, mas as histórias de superação são maiores. Entre elas está a de Alfredo Rodrigo da Silva Camargo, 36 anos, natural de São José (SC), um paratleta amador com o pé amputado por conta de um acidente de trânsito. Apaixonado por corridas de rua, ele cruzou a linha de chegada da sua oitava prova 5km, com 26m41seg,
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Coordenador de montagens e serralheria, ele perdeu parte da perna esquerda depois de uma colisão enquanto voltava de moto do trabalho, há aproximadamente um ano e meio. No último domingo, ele correu com uma prótese comum.
– Em julho de 2019 foi o momento que eu me encontrei com o esporte na Beira Mar de São José. Conheci uma equipe do paradesporto treinando. Conversando com eles, ingressei aos treinos, ainda com a prótese provisória. Iniciei treinando atletismo, fazendo lançamento de peso, dardo e arremesso de peso. Gostei muito da experiência – conta.
Um mês depois ele começou a correr. No fim de outubro estreou nas corridas de rua. Completa a prova de 5 km de Meia Maratona de Florianópolis foi outra vitória para Alfredo Rodrigo. Ele nunca havia corrido na vida, nem mesmo antes de ter parte da perna amputada. Em pouco tempo de uso da prótese, conseguiu completar sua primeira corrida de rua em 41m19seg
– As pessoas sempre vinham com palavras e demonstrações de incentivo para eu continuar correndo, ou um agradecimento, por estar ali, como exemplo de superação para outros atletas.
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Agora, Alfredo Rodrigo da Silva Camargo pensa em correr provas de distâncias maiores, como 10 km e talvez a primeira meia maratona (21 km).