A noite chuvosa de Rio do Sul foi a companhia de Cláudio Roberto Nienkotter e Rui Carlos Esser. Tios dos três irmãos que morreram eletrocutados em Petrolândia, eles tiveram a dura missão de aguardar a liberação dos corpos no Instituto Médico Legal. A lembrança deles ainda estava na alegria das três crianças.
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– Há um mês foi a confirmação da menina. Eles estavam todos lá brincando, pulando na cama elástica que o pai alugou. Acho que vai demorar pra cair a ficha – conta Cláudio, que é padrinho do Vinicius.
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Os tios contam que era comum as crianças brincarem no local que aconteceu a tragédia. A mãe deles estava nos vizinhos, já que ela costuma ajudar alguns na lavoura de cebola. Ela percebeu a movimentação e chegou logo depois. O pai é motorista e trabalha em Ituporanga e chegou momentos depois do acidente, dando de cara com os corpos dos filhos no chão. Cláudio, que mora perto, diz que quem chegou primeiro foi a avó.
– Parece que ela sentiu alguma coisa e foi ver. As crianças tinham acabado de sair de lá. Foi uma cena muito triste.
Rui é tio da mãe das crianças e mora em Pouso Redondo. Ele tem uma filha de 12 anos que costumava brincar bastante com os primos.
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– Eles se davam muito bem, eram bastante unidos. Vai ser algo difícil de esquecer.
Por volta da 1h, o carro da funerária chegou para levar os corpos. Dali até Petrolândia foram 50 quilômetros. O velório será em uma igreja Luterana na localidade de Rio Antinhas. O enterro deve ser ainda nesta sexta feira.