Os restos mortais do candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) e das outras seis vítimas do acidente aéreo com o jato Cessna 560XL na última quarta-feira em Santos foram liberados na tarde deste sábado do Instituto Médico-Legal (IML) de São Paulo. Eles seguem para a Base Aérea de Guarulhos e serão levados para Recife (PE), Aracaju (SE), Maringá (PR) e Governador Valadares (MG).
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A identificação das sete vítimas do acidente que matou o ex-governador pernambucano foi encerrada em torno das 11h deste sábado. Depois de alguns procedimentos burocráticos, como emissão do atestado de óbito, os esquifes de Eduardo Campos e do jornalista Carlos Percol, do fotógrafo Alexandre Severo e do cinegrafista Marcelo Lyra foram levados para Recife.
Encerrada a identificação das vítimas do acidente
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A tendência é de que a chegada na capital de Pernambuco ocorra entre o final de tarde e início da noite. Eles serão conduzidos diretamente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, local em que ocorrerá o velório, com início previsto para a noite. Durante a madrugada, haverá exclusividade dos familiares.
A partir do amanhecer de domingo, os caixões serão colocados do lado de fora do Palácio, sob cobertura, para que a população possa se despedir. Uma missa campal ocorrerá às 10h e, em torno das 16h, começará o cortejo fúnebre, com auxílio de caminhão do corpo de bombeiros, até o cemitério de Santo Amaro, onde Campos será sepultado ao lado do avô Miguel Arraes.
As lideranças do PSB que acompanhavam o trabalho de identificação dos restos mortais em São Paulo, como Marina Silva e Beto Albuquerque, chegaram em Recife por volta das 14h. Eles seguirão diretamente para a residência da viúva Renata Campos para prestar solidariedade.
Acidente aéreo matou sete pessoas
Candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos morreu na manhã de 13 de agosto, em um acidente de avião em Santos, no litoral paulista. A queda da aeronave, que ia do aeroporto Santos Dumont (RJ) ao aeroporto de Guarujá (SP), matou outras seis pessoas – dois assessores, um fotógrafo, um cinegrafista e dois pilotos.
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Nascido em Recife (PE) em 1965, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Henrique Accioly Campos era o terceiro colocado na corrida presidencial, atrás de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Campos era neto e herdeiro político de um dos mais influentes líderes da esquerda nacional, o também ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes. Casado há mais de 20 anos com a economista Renata Campos, o candidato deixa cinco filhos, com idades entre 21 anos e cinco meses.
Com a morte de Campos, o nome da vice em sua chapa, Marina Silva (PSB), despontou como favorito. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em caso de falecimento de candidato, o partido do substituído tem de pedir o registro da nova candidatura em até 10 dias. O prazo conta a partir do fato que motivou a substituição.