Foi sepultado na tarde desta terça-feira o desembargador e presidente do Tribunal Regional Eleitoral de SC (TRE/SC), Solon d’Eça Neves. O corpo foi enterrado às 17h no Cemitério Jardim da Paz, no Bairro João Paulo, em Florianópolis.

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Entre amigos e familiares, participaram do sepultamento figuras como o presidente da Associação dos Magistrados, juiz Sérgio Luiz Junkes, o presidente do Tribunal de Justiça de SC, Cláudio Barreto Dutra, o secretário de Segurança Pública do Estado, César Grubba, e o presidente da Assembleia Legislativa, Gelson Merísio.

O irmão do presidente do TRE/SC, Rodrigo d’Eça Neves, disse emocionado:

– As paixões dele eram a família, a profissão e os carros. A natureza rouba da mesma forma que um ladrão rouba a nossa casa.

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Presidente do Instituto de Previdência do Estado de SC, o advogado e ex-presidente da Ordem dos Advogados de SC (OAB/SC), Adriano Zanotto, lamentou a morte de Solon d’Eça Neves:

– Não foi apenas a magistratura que perdeu, mas toda Santa Catarina – declarou.

Solon d’Eça Neves havia assumido a presidência do TRE/SC há menos de dois meses e comandaria o processo das Eleições deste ano no Estado.

Em seu blog, o comentarista político Moacir Pereira lembrou que o magistrado era o relator de vários processos no Tribunal de Justiça, entre eles, a denúncia da Procuradoria Geral de Justiça contra o ex-governador Leonel Pavan pelas irregularidades investigadas pela Policia Federal no caso da Arrows Petroleo do Brasil.

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Quem era Solon d’Eça Neves

Natural de Tubarão, d’Eça Neves ingressou na magistratura de Santa Catarina em 1975 como juiz substituto, atuando nas comarcas de Concórdia, Seara e Ponte Serrada. Posteriormente, como juiz titular, teve passagem pelas comarcas de Itapiranga, Mondaí, Braço do Norte, Balneário Camboriú, Concórdia, Joinville e Capital.

Em 1994, foi promovido por merecimento para o cargo de juiz substituto de 2º grau perante o Tribunal de Justiça. Em 1999, foi alçado a desembargador do TJ-SC, tendo sido promovido por merecimento. Atuou na 4ª Câmara Civil (1999-2001), na 1ª Câmara Criminal (2001-2009) e na 2ª Vice-Presidência (março de 2009-janeiro de 2010), além de exercer o cargo de Corregedor-Geral da Justiça até janeiro de 2012.

O desembargador d’Eça Neves foi ainda professor de Direito de Família na Faculdade de Direito de Joinville (1987-1989), de Direito Penal na Escola da Magistratura (1996-1997 e 2002-2004) e de Teoria Geral do Processo na Universidade do Vale do Itajaí – Univali (1998-2009).

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Em 8 de fevereiro de 2012, ele assumiu a presidência do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE/SC).

Associação dos Magistrados Catarinenses divulga nota de pesar:

É com imenso pesar que a Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) comunica o falecimento do presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/SC), desembargador Solon d’Eça Neves, ocorrido na noite de ontem (23/04), em Florianópolis, vítima de infarto fulminante.

O corpo está sendo velado no cemitério Jardim da Paz, na Capital catarinense. O sepultamento está marcado para às 16h de hoje, no mesmo local. A morte do desembargador Solon d?Eça Neves causou grande comoção entre os magistrados catarinenses. Desde as primeiras horas do dia, magistrados de todo o Estado manifestaram pesar pela perda do colega.

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O presidente da AMC, juiz Sérgio Luiz Junkes, destacou que a morte de Solon Neves representa uma perda irreparável não só para a classe, mas para Santa Catarina.

– Estamos perplexos com este acontecimento. Era um magistrado extremamente dedicado ao seu mister, ético, humilde, agregador, amável e participante ativo do movimento associativo. A perda do desembargador Solon D?Eça Neves deixa órfã toda uma legião de admiradores, cujo legado, inegavelmente, ficará como norte para atual e futura gerações de magistrados. Aos familiares, e amigos, toda a nossa solidariedade e apoio para superar este difícil momento. Estamos todos de luto – ressaltou Junkes.