O corpo do DJ Felipe Maciel, de 32 anos, foi resgatado no final da noite desta quarta-feira por uma equipe formada pelo Grupo de Resgates em Montanhas (GRM) e Bombeiros Voluntários, no alto do Rio da Prata, na zona rural de Joinville. Ele entrou sozinho em uma trilha na mata na manhã de terça-feira e não voltou mais. Felipe foi encontrado caído nas pedras em uma cachoeira com mais de 80 metros de altura, em uma região de difícil acesso.
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O resgate começou às 13h30 e terminou às 18 horas, com a chegada do corpo ao recanto onde ele havia estacionado o carro e saído para percorrer a trilha. Segundo Alan Jacob da Rosa, diretor técnico do GRM, a equipe precisou descer de rapel para levar a maca até o corpo e retirá-lo por uma trilha acidentada. Cerca de 20 resgatistas trabalharam para levar Felipe de volta. Uma equipe da PM também sobrevoou a região para identificar o local em que estava o corpo.
DJ disse à família que queria conhecer a cachoeira em Joinville
– A cachoeira tem uns três ou quatro degraus. Ele caiu um primeiro degrau, que é de 30 metros, já em cima das pedras. Provavelmente, a água levou o corpo para mais um degrau, de 50 metros – descreve Alan.
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O integrante do grupo de resgate acredita que Felipe tenha escorregado e caído nas pedras. O DJ foi encontrado com a mochila nas costas – o celular estava dentro – e com a chave do carro no bolso. Segundo Alan, o local da cachoeira é perigoso e a trilha de acesso é bastante íngreme, com cordas na lateral para o visitante se segurar. Ele também conta que a trilha é curta.
Local é seguro, diz proprietário
O proprietário do local onde o rapaz desapareceu, Valdir Bartz, é uma das pessoas que melhor conhece as trilhas e cachoeiras da região. Segundo ele, as trilhas são largas e bem sinalizadas. E como é um vale cercado de morros por todos os lados, não há como se perder, basta seguir o rio.
– A cachoeira é um lugar que as pessoas vão para ver. É uma meia hora de caminhada na trilha, mas não tem como se perder – diz Bartz.
O local onde o DJ Felipe Maciel foi encontrado é cercado de mata. Há pelo menos seis quiosques e outros dez lugares de acampamento nas duas margens do rio. Uma ponte de ferro passa sobre a água e dá acesso às duas margens. Na trilha para a cachoeira, há placas que indicam o caminho. Foi bem em frente a uma dessas placas que ele deixou o carro para subir a pé.
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Segundo o proprietário, centenas de pessoas acampam na região. Não há registro de afogamentos ou pessoas que tenham se perdido na mata. Mesmo quem sobe sozinho, durante o fim de semana, é comum que encontre outros turistas subindo ou descendo. Como Felipe subiu sozinho na manhã de terça-feira, não havia ninguém por lá.
Cuidados básicos
– Nunca entre num lugar desconhecido sem guias.
– Mesmo que a trilha seja conhecida, evite entrar nela sozinho.
– Informe alguém que o grupo está entrando e estabeleça claramente o tempo que desejam ficar na mata.
– Use roupas apropriadas para escalada e trekking. Tênis, camiseta e bermudas usadas no dia a dia são confortáveis, mas não são ideais para subir ou escalar montanhas ou
morros no meio do mato.
– Se possível, leve uma corda e equipamentos apropriados para acampamento, como uma boa faca.
– Mesmo que a caminhada seja rápida, leve água e alimentos.