O sepultamento do policial militar, morto na noite da última segunda-feira, 28 de agosto, foi marcado por comoção em Joinville. Joacir Roberto Vieira, 43 anos, foi enterrado no Cemitério Nossa Senhora de Fátima, no bairro João Costa, na zona Sul da cidade. A estimativa da PM é que mais de 150 pessoas tenham comparecido ao enterro, entre policiais, familiares, amigos e oficiais da polícia.
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Pouco antes das 10 horas, uma carreata em luto trafegou pelas ruas da zona Sul da cidade em direção ao cemitério onde Joacir foi sepultado. Quando o cortejo chegou à entrada, os parentes já aguardavam no local para receber o corpo do policial. O caixão foi carregado entre um corredor formado por PMs e amigos de Joacir, a cada rosto que cruzava com o caixão era possível observar a feição de dor e compaixão com a morte do policial.
A bandeira de Santa Catarina colocada em cima do caixão demonstrava o reconhecimento à dedicação por 19 anos de serviços prestados à segurança pública do Estado. Antes de o corpo ser enterrado, a tradicional salva de tiros — usada em homenagem a policiais mortos. Para o comandante da 5ª Região de Polícia Militar, Amarildo de Assis Alves, o momento é de luto por um excelente policial e pai de família.
— Perdemos um excelente policial, a comunidade e família merecem o nosso respeito. Agora continuamos com o trabalho, que é permanente – assegurou.
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Policial militar morto dentro de loja é velado em Joinville
O comandante também ressaltou os esforços da PM no apoio às investigações para solucionar o crime. Durante as últimas palavras à Joacir, a despedida for marcada por mensagens de foram oferecidas palavras de conforto e esperança à família e serenidade aos policiais. Emocionada, a irmã mais velha da vítima precisou ser amparadas durante o sepultamento. Enquanto algumas pessoas presentes colocavam flores em cima do caixão, uma música fúnebre foi entoada como ultima condolência ao policial.
Uma amiga da família da vítima que não quis se identificar, ressaltou o bom relacionamento do cabo com a comunidade, familiares e conhecidos. Para ela, Joacir era ‘um homem de família, que não criava atritos e nem inimizades’.
— No dia em que ele foi morto estava comprando um presente para o filho mais velho, era aniversário do garoto. O cabo Joacir queria fazer uma surpresa, mas nem parabéns conseguiu dar ao filho — lamentou.
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Polícia Civil trabalha com a hipótese de execução
As investigações sobre a morte do policial militar indicam uma execução. Segundo o delegado Fabiano Silveira, da Delegacia de Homicídios (DH), Joacir foi executado e não há indícios que apontem uma tentativa de assalto seguida de morte. Ainda de acordo com Fabiano, foram ouvidas quatro testemunhas nesta terça-feira e outras três ainda devem ser ouvidas durante esta quarta.
O confronto entre as informações colhidas na cena do crime por peritos e policiais e os depoimentos ouvidos, irão ajudar a esclarecer as circunstâncias do homicídio.
— Os depoimentos colhidos já apontam para uma execução. Não teve anúncio de assalto — afirmou.