O corpo de uma menina de 12 anos foi encontrado por volta das 10h30min desta quinta-feira dentro de um contêiner em uma empresa de banheiros químicos em Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí. Ana Beatriz Schelter estava desaparecida desde quarta-feira à tarde, quando teria saído de casa para ir à escola.

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::: Polícia Civil de Rio do Sul analisa câmeras para entender morte de menina

O corpo que já foi removido do local estava com uma corda no pescoço dentro de uma empresa de banheiros químicos nas proximidades da BR-470. O exame do Instituto Geral de Perícias (IGP) confirmou que foi homicídio e o autor teria forjado um suicídio para despistar a polícia. O corpo também tinha sinais de violência sexual.

A causa da morte foi classificada como indefinida e o IGP aguarda o resultado de exames complementares. No entanto, a causa de asfixia por enforcamento foi descartada. O caso está a cargo da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso de Rio do Sul. O delegado Isomar Amorin, afirma que as equipes da Polícia Civil estão envolvidas no episódio, mas por enquanto preferiu não se manifestar para não prejudicar as investigações.

Empresa acompanha investigações

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O proprietário da empresa Ecoban, Amauri Fernando Beal, relata que um funcionário chegou pela manhã e deparou-se com a porta de um contêiner entreaberta. Quanto entrou no local, encontrou o corpo com uma corda no pescoço.

– Isso é muito trágico. Tenho uma filha da mesma idade e estou sem chão. Temos que achar o responsável por isso – disse.

O local tem 3 x 2 metros e é utilizado como depósito de papéis higiênicos e outros itens usados para a locação de banheiros químicos, ramo em que atua a empresa. O local não possui câmeras de segurança.

Menina estudiosa e brincalhona

Ana Beatriz tinha uma irmã menor, de dois anos, e morava com os pais. Quando não estava na escola, passava a maior parte do tempo em casa, na igreja ou na residência da avó Salete Schelter, 61 anos. Ana não tinha redes sociais, mas há pouco tempo tinha começado a usar o WhatsApp.

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Por telefone, a avó lembra que a menina tinha poucos amigos da mesma idade, mas era muito querida entre as senhoras que frequentavam a Igreja Pentecostal Jesus é a Resposta, onde cantava. Até agora, afirma não entender o que aconteceu com a neta:

– Não sei o que dizer. Era uma menina muito querida e caseira. Sempre fazia o mesmo trajeto para a escola – lamenta.

Ana Beatriz estudava na Escola de Educação Básica Professor Henrique Silva Fontes, no bairro Canta Galo. A diretora Cláudia Felau conta que a jovem era estudiosa, brincalhona e muito querida pelos amigos. De acordo com a professora, não havia nenhum indício de distúrbio de comportamento nos últimos dias.

– Rio do Sul está virando uma cidade muito perigosa. Os pais e o restante dos alunos ficam muito preocupados pois a grande maioria vem a pé para a escola – lamenta a diretora.

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Cláudia conta que a menina saiu de casa por volta das 13h e não chegou na escola por volta das 13h30min, como era de costume. Na segunda e terça-feira, Ana compareceu à escola normalmente, de acordo com a diretora. O local onde o corpo da menina foi encontrado fica no bairro Itoupava – distante cerca de 3 Km da escola – que manteve as atividades normais nesta quinta-feira.