O corpo de Diogo Cuiabano de Medeiros, 26, morto após um desentendimento dentro da casa noturna Fields, no Centro de Florianópolis, foi sepultado no início da tarde desta segunda-feira, no Rio de Janeiro. Ele foi atingido com um copo de vidro por Leonardo dos Passos Pereira, 21, por volta das 4h de sábado. O agressor foi preso em flagrante e depois encaminhado para o Presídio de Florianópolis, na Agronômica.
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O velório e enterro de Diogo ocorreram no Cemitério São João Batista, no bairro Botafogo. Durante todo o dia, familiares e amigos usaram as redes sociais para prestar homenagens e manifestar indignação com a morte violenta. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde o jovem cursava o último ano de Engenharia Eletrônica, publicou nesta segunda uma nota de pesar pelo falecimento. A Pastoral Universitária da UFSC informou ainda que uma missa será celebrada em memória do estudante, às 12h15min desta quarta, no templo ecumênico da universidade.
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Investigação
O Diário Catarinense teve acesso aos depoimentos iniciais do autor do homicídio e do servente de limpeza que estava no banheiro quando o crime aconteceu. O funcionário da casa, que terá o nome preservado por questões de segurança, afirma que Leonardo “bateu com o ombro propositalmente em Diogo” na saída do banheiro, que não houve reação violenta por parte da vítima e que o agressor estava “embriagado e bem agitado”.
Já Leonardo disse que “acredita que o rapaz (Diogo) estava com algo nas mãos e que tentou atirar um objeto” e que, ao se sentir ameaçado, “golpeou o rosto do homem com o copo de vidro”.
A Delegacia de Homicídios, responsável pelo caso, tem até 30 dias para concluir o inquérito. A reportagem do DC tentou entrar em contato com o delegado Ênio Matos, mas foi informada de que não havia nada a ser repassado à imprensa neste momento. O certo é que os laudos cadavérico, com prazo de até 20 dias para ficar pronto, e pericial do local do crime, que deve ser entregue em até 10 dias, serão fundamentais para a investigação.
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No início da tarde de segunda, o advogado de Pereira, Emanuel Antônio Quaresma, disse por telefone ao DC que teria acesso ao processo na tarde de segunda-feira e que não deve se pronunciar a respeito do caso, tanto por respeito à família da vítima como também pelos familiares do seu cliente.