A Federação Gaúcha de Futebol inaugurou em maio de 2015 a sua nova sede, um prédio luxuoso erguido na Avenida Ipiranga, próximo à orla do Guaíba, em área nobre de Porto Alegre. Alvo de críticas pelo luxo da obra, o presidente da entidade, Francisco Noveletto, acredita que o prédio vai trazer bons negócios para o futebol gaúcho.

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O terreno foi doado pela prefeitura de Porto Alegre em 2008, em troca da conclusão do Memorial Luís Carlos Prestes, também erguido ao lado da nova sede da entidade. A construção foi realizada através de uma parceria com a Capemisa/Aplub, que explorará a fachada do prédio com publicidade por 15 anos, além de ser a seguradora exclusiva em todos os jogos disputados no Rio Grande do Sul.

Quando a política interfere no futebol

Noveletto defende a tese de que a nova sede não se trata apenas de um luxo material:

– Estamos com esta obra realizada, concluída. Agora temos numa sede a altura do futebol gaúcho. Não sei pensar pequeno. Coisa grande puxa coisa grande. Hoje dá pra trazer qualquer diretor de grande empresa e fechar negócios aqui. Na sede anterior, no centro, eu tinha vergonha de receber um representante de uma multinacional. Aqui a tendência é só prospectar novos e bons negócios – ressalta.

Eleições secretas e aclamações suspeitas

Questionado pela reportagem da Rádio Gaúcha sobre por que a FGF não utilizou os recursos para construir um centro de treinamentos no interior ou promover alguma atividade que fomentasse o desenvolvimento do futebol no interior do estado, Noveletto afirma que não seria possível por uma questão comercial.

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Bola, chuteira e televisão em troca de votos

– O parceiro não teria interesse em investir em centro de treinamento ou nos clubes. Ele investiu pela contrapartida que a FGF proporciona. O nome dele vai ficar gravado na entidade por 15 anos, com possibilidade a renovação. A opção dele foi investir nisso. Foi mostrado um projeto e ele comprou a idéia – afirma Noveletto.

A farra de repasses da CBF às federações

– Além disso, a FGF é uma sociedade. Tem que ajudar os clubes em partes iguais. São 150 filiados. Teria que dividir o dinheiro pelo mesmo peso. Não posso dar R$ 1 milhão para o Caxias subir para série B, por exemplo. Todos têm direito. É uma sociedade – finaliza.

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A reportagem faz parte de uma série especial da Rádio Gaúcha

*RÁDIO GAÚCHA