A prefeitura de Florianópolis anunciou que o uso de máscaras de pano será obrigatório para toda população que acessa ou que trabalha em algum serviço de atendimento ao público. A exceção serão estabelecimentos de saúde, que exigem outro tipo de máscara.
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A medida foi anunciada nesta quinta-feira (9) à noite pela assessoria de comunicação da prefeitura e entra em vigor em uma semana, ou seja, na próxima quinta (16). Assim, tanto funcionários quanto clientes, por exemplo, de lojas terão de usar a proteção.
O prazo foi estipulado para que os estabelecimentos consigam se adequar a norma. A partir da semana que vem, todos os estabelecimentos que não cumprirem a determinação serão autuados e fechados pela Vigilância Sanitária da Cidade. Os detalhes da medida serão divulgados na edição do decreto, na próxima semana.
Florianópolis é uma das primeiras cidades que adotou a medida da recomendação do uso de máscaras de pano, na última segunda-feira (6).
– Ainda não é obrigatório – disse o prefeito Gean Loureiro naquele dia, já deixando nas entrelinhas que a medida deveria ser ampliada.
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As estratégias adotadas pela cidade são baseadas em estudos científicos, informa a prefeitura.
O uso de máscaras de tecido comum, de fabricação caseira, foi recomendado como forma de proteção contra o coronavírus pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na coletiva de imprensa do governo federal do dia 1º de abril. Até então, essa proteção era recomendada apenas para profissionais mais expostos ao risco, como médicos e enfermeiros, e por quem já está gripado.
A informação sobre a obrigatoriedade de máscaras em estabelecimentos foi divulgada pouco depois de o prefeito, em entrevista à CBN Diário, afirmar que estuda ser mais restritivo na cidade, caso se confirmem as liberações parciais que o governo do Estado deve anunciar neste sábado (11). O transporte coletivo, por exemplo, deve continuar parado.
Florianópolis é a cidade com mais casos confirmados em Santa Catarina. São 166 segundo levantamento divulgado na quinta-feira (9) pelo governador Carlos Moisés da Silva, número que a prefeitura considera estar mais próximo de 200 e estima que na realidade, contando casos não testados, poderia chegar a 3 mil. Além disso, em proporção à população, é uma das capitais com mais casos no país.
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