Na UFSC, 46 formandos, da 100ª turma de medicina têm colação de grau online marcada para esta sexta-feira (24), às 10h. Eles tiveram a antecipação da formatura autorizada pelo governo federal pois, assim como formandos de outros cursos da área da saúde, são voluntários para combater o coronavírus.
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Na semana passada, o Conselho Federal de Medicina (CFM) se manifestou contra essa antecipação pois entende que é prejudicial ao futuro médico e que não há garantias de que ele vá atuar no combate à pandemia.
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O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) divulgou uma nota dizendo que estuda medidas judiciais e extrajudiciais para barrar a antecipação de formaturas. Em SC, o Conselho regional ainda não divulgou se pretende tomar outras medidas a respeito.
No início de abril, o governo federal publicou uma portaria do MEC (Ministério da Educação) que permite às universidades federais antecipar a formatura dos cursos de medicina, enfermagem, fisioterapia e farmácia para ajudarem no combate à pandemia na rede pública de saúde.
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Com a decisão, podem antecipar a formatura estudantes da fase final da graduação que já cumpriram 75% da carga horária prevista de internato médico ou estágio supervisionado. A portaria não cita a autorização para instituições particulares.
No site institucional, o CFM divulgou uma nota afirmando que a antecipação das formaturas em medicina traz prejuízos à formação médica, “que pode perder acesso a importantes conteúdos e vivências na fase final de seu internato”.
O Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM- SC) apoia este entendimento.
– Não há como garantir que esses formandos, ainda sem experiência, vão efetivamente trabalhar no atendimento aos pacientes com coronavírus – declarou Marcelo Neves Linhares, presidente do CRM- SC.
Via assessoria de imprensa, a UFSC afirmou que a decisão de antecipar a formatura foi do poder executivo federal e que está apenas cumprindo a legislação vigente.
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