O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, mostrou-se otimista nesta quinta-feira (19) sobre o uso de cloroquina, um medicamento contra a malária, como possível tratamento para combater o novo coronavírus, ainda que as autoridades de saúde tentem controlar o seu entusiasmo.

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A primeira potência mundial, que demorou bastante para disponibilizar os testes de Covid-19, registra mais de 10.000 casos confirmados e 153 mortos pelo vírus.

— Poderemos disponibilizar esse medicamento quase imediatamente — disse Trump a jornalistas em uma coletiva de imprensa na Casa Branca, fazendo referência aos resultados preliminares "muito, muito animadores. É muito emocionante. Penso que isso pode mudar a situação, ou não. Mas pelo que vi, pode mudar as coisas".

Segundo um estudo chinês publicado em meados de fevereiro, um ensaio clínico feito em uma dezena de hospitais trouxe resultados promissores a partir de testes em mais de 100 pacientes. No entanto, alguns cientistas mostram-se cautelosos pela ausência de dados clínicos sólidos e públicos.

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Segundo Trump, o tratamento já foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), órgão que supervisiona a comercialização de medicamentos nos EUA. A FDA limitou-se a dizer que a cloroquina já foi efetivamente aprovada para o tratamento da malária e da artrite, mas não para o coronavírus.

— O presidente nos pediu que examinássemos de perto esse medicamento. Queremos fazer isso implementando um ensaio clínico pragmático e extenso para obter informações e responder a todas as perguntas que estão sendo feitas — disse o diretor da FDA, Stephen Hahn.

Ele observou ainda que, embora a FDA esteja disposta a "remover todos os obstáculos" para acelerar as inovações, também tem a "responsabilidade" de "garantir que os produtos sejam seguros e eficazes".

A cloroquina é um medicamento barato usado contra a malária há décadas, e é recomendado para as pessoas que irão para as zonas afetadas pelo doença, transmitida pelos mosquitos.

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