A Secretaria Executiva de Assuntos Internacionais, órgão ligado ao governo do Estado, auxiliou na repatriação de 58 pessoas a Santa Catarina desde o início da pandemia de coronavírus.

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O órgão implantou um plantão para atendimento e montou um grupo de trabalho para solução de casos de emergência.

O trabalho ocorreu de forma articulada com o Ministério de Relações Exteriores, Ministério da Família e dos Direitos Humanos, embaixadas e consulados.

A maioria dos catarinenses fez contato após ficar presa em outros países por causa do cancelamento de voos e fechamento de fronteiras terrestres.

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Confira como a secretaria atuou em alguns casos:

França

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Após receber avisos de cancelamento de voo, anulação de todas as reservas de hotéis e de ser impedida de sair na rua pelas autoridades locais, uma família de Concórdia entrou em contato no dia 23 de março com o plantão da SAI. No mesmo dia foram feitas as tratativas com o Itamaraty, com o Consulado em Paris, e com a companhia área que cancelou o voo. Após realocá-los em um novo voo, a família chegou ao Brasil no dia 31 de março.

Portugal

A partir do dia 20 de março, a SAI começou a receber pedidos de residentes de diferentes municípios como Biguaçu, São José, Palhoça, Camboriú, Braço do Norte e outras, que ficaram presos em Lisboa devido ao cancelamento de voos. Foram emitidos e tramitados ofícios no Ministério de Relações Exteriores endereçados ao Consulado em Lisboa, requisitando prioridade na repartição dos catarinenses. Apesar da falta de disponibilidade de voos, a SAI conseguiu novos bilhetes aéreos e encontrou abrigo temporário para o período de espera. O grupo voltou para o Brasil do dia 30 de março.

Em outro caso de Portugal, catarinenses de Barra Velha que faziam um cruzeiro pela Europa foram auxiliados para conseguirem passagens de volta ao país, já que o cruzeiro foi interrompido.

Equador

Um grupo de catarinenses de Timbó, Laguna e Florianópolis entrou em contato com o plantão da secretaria no dia 26 de março, informando que todos os voos comerciais de Quito estavam cancelados. A SAI manteve comunicação com Itamaraty e Consulado de Quito, para garantir que esses catarinenses fossem alocados no primeiro voo humanitário de repatriação. Todos foram alocados no voo charter do governo federal, que chegou ao Brasil dia 30 de março.

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África do Sul

A SAI foi acionada em 25 de março por um grupo de catarinenses, impedido de retornar de Johanesburgo. Para ajudar na repatriação, a secretaria articulou as ações junto ao Ministério das Relações Exteriores e à Embaixada de Pretória. Todos já se encontram no Brasil.

Argentina e Chile

Um grupo de brasileiros, entre eles catarinenses, ficou preso na Argentina e no Chile, devido ao fechamento de fronteiras terrestres dos dois países. Para solucionar o caso, no dia 25 de março a equipe da SAI tramitou ofícios no Ministério das Relações Exteriores e articulou ações junto à Embaixada do Brasil em Buenos Aires para emitir documentos de salvo-conduto que permitem deslocamento do grupo até a divisa com o Brasil.

No entanto, devido a novas restrições de combate ao Coronavírus, o grupo foi orientado a retornar ao Brasil por via aérea ou percorrer uma distância suficiente para alcançar território brasileiro em um dia. No dia seguinte, alguns membros retornaram ao Brasil por via terrestre, já outros foram impedidos de seguir e permaneceram entre Chile e Argentina.

No momento, a equipe da Embaixada do Brasil na Argentina está trabalhando em cima de algumas soluções alternativas, desde a operação de comboio organizado, até uma operação de deslocamento do grupo para Santiago para seguir com embarque aéreo para o Brasil. A expectativa da SAI é que a solução final será apresentada já nos próximos dias.

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