Com base no decreto de situação de emergência do governo de Santa Catarina que restringiu rigorosamente as atividades consideradas não essenciais no território em 18 de março, as aulas das redes pública e privada de ensino seguem suspensas até o dia 19 de abril. A partir dessa segunda-feira (6), no entanto, todos os alunos e professores de escolas estaduais entram em processo de adaptação para a retomada dos estudos.

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É que a partir do dia 17 de abril, todos os estudantes matriculados na rede estadual de educação passam a ser cobrados pela realização de atividades não presenciais. O objetivo é cumprir o calendário letivo de 2020, sem prejuízos. Ainda não há data definida para retomada das atividades em sala de aula

Para isso, a Secretaria de Educação criou plataformas tecnológicas para os alunos que, de suas casas, têm acesso à internet e a entrega de materiais impressos aos quase 100 mil estudantes que declararam não prover da tecnologia diariamente. E, aos demais, que não têm condições de realizar os trabalhos de aula na própria residência, será oferecido o espaço nas escolas, disse o responsável da pasta, Natalino Uggioni:

– Em último caso, aqueles estudantes que nós não conseguimos alcançar por esses meios, as nossas escolas, então, estarão preparadas para recebê-los. E todas as atividades preparadas seguirão, evidentemente, todas as regras de distanciamento advindas da Secretaria da Saúde.

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Com internet

Através da plataforma Google Sala de Aula (Classroom), alunos recebem as atividades e conseguem realizar interações com a turma e o professor. Há manuais específicos tanto para os alunos quanto para os professores acessarem suas contas e usarem o recurso.

Para esses estudantes ocorre a enturmação online, que é a organização no ambiente virtual das turmas já existentes nas escolas estaduais. Nessa modalidade, os professores irão adequar seus planos de aula para realizar atividades não presenciais, que podem ser em formato de vídeos, videoconferências, formulários de questões, texto, chats, entre outras iniciativas.

O uso de grupos de whatsapp, blogs, mídias sociais, aplicativos e outros recursos também pode fazer parte das atividades para melhorar a interação com os alunos. Avaliações e informes de conteúdo têm as aplicações Professor Online e Estudante Online como base.

Sem internet

Para alunos sem acesso à internet, será realizada a entrega de apostilas semanais com atividades preparadas pelo professor, distribuídas aos alunos, pais ou responsáveis em datas e horários agendados e com um prazo para a entrega na escola e co a complementação de disparos de mensagens em SMS.

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A unidade disporá de computadores e fará a impressão das atividades. Adaptações podem ser determinadas em acordo entre escola e Coordenadoria Regional de Educação, como a busca ativa de alunos que não tiveram acesso às atividades e a forma de entrega de materiais impressos.

Para dúvidas, basta discar um número gratuito e questionar sobre conteúdos impressos por região. O 0800 está em implementação e o número será divulgado nos próximos dias, informou a Secretaria de Educação.

Alunos não localizados

A escola deve identificar alunos que não estão respondendo a nenhum tipo de atividade, organizando alternativas para que o ensino chegue até o mesmo como, atividades no próprio educandário ou encaminhando o material até suas residências.

Controle de frequência do aluno

Os professores que já foram devidamente capacitados, em sua maioria, realizam o acompanhamento das atividades. É dever do professor notificar a escola sobre os alunos que não estão acessando os materiais disponibilizados, para controle de frequência.

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Alimentação escolar dos alunos em vulnerabilidade social

A Secretaria de Estado da Educação (SED) fará a aquisição de alimentos da Agricultura Familiar catarinense para distribuição às famílias dos estudantes da rede estadual que estão cadastradas no Bolsa Família. A SED está viabilizando junto às secretarias de Agricultura e de Desenvolvimento Social a logística de distribuição, de modo a evitar riscos à população. Além disso, a entrega de alimentação escolar nas aldeias indígenas de todo o território catarinense está mantida.