A fim de evitar o colapso no sistema de saúde da Grande Florianópolis, as prefeituras das quatro principais cidades da região se prontificaram, em reunião realizada entre os gestores municipais na tarde desta quarta-feira (8), a auxiliar o Estado na contratação de novos leitos de UTI para tratamento de pacientes com coronavírus.
Continua depois da publicidade
> Confira os detalhes do avanço do coronavírus em SC em um mapa interativo
As novas vagas, no entanto, devem ser exclusivas para moradores de Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu. O município de Biguaçu também colocou à disposição a estrutura do hospital da cidade para que seja realizada a ampliação de leitos. O acordo foi fechado entre os prefeitos e será levado ao secretário de Estado de Saúde, André Motta Ribeiro, na próxima sexta-feira (10).
De acordo com dados do Estado, Florianópolis tem 1.856 pessoas diagnosticadas com a doença e 20 mortes. São José tem 788 casos confirmados e 12 mortes. Plahoça tem 1.109 e seis mortes e Biguaçu 363 infectados e seis mortes.
Continua depois da publicidade
A taxa de ocupação em leitos de UTI na região metropolitanta é de 75,3% nesta quarta-feira, segundo dados do governo estadual. Somente em Florianópolis, a lotação está em 94,61%, segundo covidômetro – ferramenta de contagem – da prefeitura. Ainda na segunda-feira (6), o prefeito da Capital, Gean Loureiro, disse em entrevista ao programa Bom Dia Santa Catarina, que o sistema de saúde da cidade está perto do colapso e reforçou a necessidade de novas vagas em hospitais e do isolamento social.
Um único protocolo de atendimento
Em reunião também ficou definido que, com a união das cidades, as vigilâncias em saúde vão trabalhar para adoção de protocolos iguais, como o de monitoramento dos casos confirmados por Covid-19, já que os observaram uma dificuldade em conseguir manter todos os suspeitos e confirmados nas suas residências, evitando novas transmissões. Um sistema inteligente de telefonia poderá auxiliar no serviço.
> Reaberturas em Florianópolis: pressão dos setores econômicos falou mais alto
Mais rigidez do Estado
Os prefeitos também devem cobrar do Estado uma participação mais efetiva na restrição ou liberação de atividades, por ser o governo catarinense o responsável pela regulação de leitos hospitalares, além de mais agilidade no resultado dos exames do Laboratório Central de Santa Catarina (Lacen), o que tem dificultado a possibilidade de saber a real situação da região. Nesta quarta-feira, 3.899 testes aguardavam resultado.