Quando menino, Eumar Faccio gostava de carroças. Natural para uma criança que passou a infância no meio rural. Na vida adulta transferiu a paixão para caminhões, e finalmente realizou o sonho de ter o próprio. Nos últimos tempos ele vinha fazendo mudanças e frete de lenha no veículo adquirido com muito trabalho, agora estacionado na frente da casa, no bairro Guilherme Reich, em Concórdia, no Oeste do Estado.

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Aos 46 anos, ele foi a primeira vítima do coronavírus em uma das principais cidades da região. Eumar era aposentado por invalidez, mas para aumentar a renda fazia serviços como autônomo.

Nos últimos meses a saúde ficou mais debilitada, mas com coragem e valentia continuava na ativa. Dirigir era uma atividade que fazia com prazer, reconhecem os amigos. Antes de contrair o vírus, ele que era diabético, passou por um cateterismo.

Cinquenta dias depois precisou ser internado no Hospital São Francisco com os sintomas típicos da doença, como febre, tosse, tontura, falta de apetite, náusea, vômito. Como das outras vezes, achou que sairia bem.

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Mas foram apenas seis dias entre a internação no Hospital São Francisco, em 22 de abril, e a morte, no Centro de Terapia Intensivo. Eumar deixou a esposa, Marisa, e um filho.