
Jacqueline Socha Fossatti, filha de Ivor Demétrio Fossatti, conta que a relação que tinha com o pai sempre foi muito aberta:
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– Conversávamos sobre tudo: namorados, primeira vez, festas… Nossa relação era quase de amigos; diferente do que eu via acontecer com outras amigas minhas. Fazíamos churrasco em família todos os finais de semana, jogávamos baralho juntos. Ele também gostava de brincar com os netos, passar tempo com eles.
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Ela diz que o pai era muito tranquilo, a ponto de ela e a irmã brincarem que Ivor “ia viver até os 100 anos” se dependesse de evitar o estresse e a ansiedade.
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– Tudo sempre estava bom para ele. Nunca ouvi ele falar mal de ninguém na vida. Ele sempre tentava acalmar os outros, impedir que nós brigássemos… Ele era vigilante sanitário, e era muito justo. Não era desses que saía multando as pessoas por qualquer coisa. Pensava muito nos outros. Ouvimos muita gente comentando que não foi só a família que perdeu, foi a comunidade toda.
Ivor estava em férias quando a crise do coronavírus começou, e dizia à esposa que queria voltar logo à ativa para atuar na prevenção à dengue. Ele se preocupava que, com a atenção voltada para o novo vírus, a população esquecesse as medidas de prevenção a outras doenças.
Ir à praia era uma das coisas que Ivor mais gostava de fazer nos momentos de lazer. Ao lado da grande paixão: o futebol, que costumava jogar e também assistir – era palmeirense apaixonado.
– Acho que as maiores lições que ele me deixou foram honestidade e serenidade. A gente sente pela perda, mas eu só tenho memórias boas dele. Lembraremos dele sempre sorrindo e de bem com a vida – finaliza Jacqueline.
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